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Abertura dos mercados: Juros portugueses em queda em dia de decisões das agências de rating
Os juros da dívida portuguesa estão em queda num dia em que a agência de notação financeira Standard and Poor's pode pronunciar-se sobre o rating da dívida nacional. As bolsas europeias e o euro estão em alta.
Os mercados em números
PSI-20 cede 0,01% para 5.440,33 pontos
Stoxx 600 ganha 0,17% para 377,52 pontos
Nikkei desvalorizou 0,58% para 21.676,51 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,9 pontos para 1,760%
Euro avança 0,16% para 1,2324 dólares
Petróleo em Londres soma 0,02% para 65,13 dólares por barril
Bolsas sobretudo no verde
As principais bolsas europeias estão a negociar sobretudo em alta, contrariando o comportamento dos principais índices asiáticos, com o mercado focado nas questões de geopolítica.
Os investidores temem que a decisão dos EUA de aplicar tarifas sobre as importações de aço e alumínio, e eventualmente sobre as importações chinesas nomeadamente sobre produtos tecnológicos, possa afectar a evolução da economia mundial e levar a uma guerra comercial. Apesar de ontem Peter Navarro, um dos principais conselheiros da administração norte-americana, ter suavizado o discurso e ter dito que estas taxas aduaneiras sobre produtos provenientes do estrangeiro não têm de gerar uma guerra comercial.
"Os nossos aliados têm de entender que estamos simplesmente a defender-nos contra aquilo que tem sido um relacionamento injusto de muitos, muitos anos", disse Peter Navarro, à CNBC. "Isto vai funcionar bem. O mundo vai ser um lugar melhor", acrescentou.
O principal índice alemão lidera os ganhos na Europa, subindo 0,50%, seguido pelo índice britânico Footsie, que cresce 0,27%. Em Lisboa, o PSI-20 cede 0,01%, acumulando ainda assim, para já, um ganho semanal de 0,30%. O Stoxx 600 sobe 0,17% e desce na semana, para já, 0,18%.
Juros em queda
Os juros da dívida pública portuguesa estão em queda ligeira no mercado secundário, no dia em que a agência de notação financeira Standard and Poors pode pronunciar-se sobre o rating de Portugal.
A dez anos, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida nacional entre si descem 2,9 pontos base para 1,760%, depois de já terem tocado mínimos de 16 de Janeiro, em 1,750%. Este comportamento não é exclusivo de Portugal. Os juros da dívida espanhola a dez anos recuam 2,6 pontos base para 1,356% enquanto os de Itália perdem 3,9 pontos base para 1,948%. A Moody's e a Fitch têm agendada para esta sexta-feira uma possível acção de rating para Itália. Esta reavaliação surge depois dos resultados das últimas eleições terem aumentado a instabilidade política no país.
Os juros da Alemanha a dez anos cedem 1 ponto base para 0,567%.
Euro pouco alterado
A moeda da Zona Euro está a subir face ao dólar (+0,16% para 1,2324 dólares), numa altura em que as questões de geopolítica continuam a marcar a evolução dos mercados. A imposição de taxas sobre os produtos estrangeiros que entrem nos Estados Unidos, temem os investidores, podem levar a uma guerra comercial. Até porque várias economias prometeram já responder.
Petróleo pouco alterado com mercado a avaliar subida da produção
Os preços do petróleo estão pouco alterados nos mercados internacionais numa altura em que os investidores avaliam o impacto da subida da produção norte-americana de crude – subiu para 10,4 milhões de barris na semana passada. Nos últimos dias, Agência Internacional da Energia alertou que as reservas petrolíferas globais estão em queda iminente, apesar do aumento recorde da produção dos EUA.
Jun Inoue, Mizuho Research Institute Ltd., em declarações à Bloomberg, sinalizou que "os preços do petróleo mantiveram-se acima dos 60 dólares esta semana e têm estado estáveis, apesar dos receios em relação ao equilíbrio entre a procura e a oferta e a subida da produção nos EUA".
O West Texas Intermediate sobe 0,08% para 61,24 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte ganha 0,02% para 65,13 dólares.
Ouro em queda
O metal amarelo está em queda, descendo 0,41% para 1.318,56 dólares por onça, com os investidores a digerirem ainda as mudanças na administração norte-americana. Nomeadamente, a escolha de Larry Kudlow para ficar no lugar de conselheiro económico da Casa Branca, um lugar que era de Gary Cohn, que se demitiu por discordar das tarifas sobre o aço e o alumínio.