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Abertura dos mercados: Indefinição sobre o Brexit e guerra comercial deixa bolsas sem rumo. Brent sobe e juros caem

As bolsas europeias estão divididas entre ganhos e perdas pouco acentuadas, na véspera do arranque de novas negociações entre a China e EUA e no dia em que haverá novas votações sobre o Brexit. Os juros descem e o petróleo de Londres segue em alta.

EPA
27 de Março de 2019 às 09:27
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,40% para 5.165,85 pontos

Stoxx 600 perde 0,03% para 377,09 pontos

Nikkei desvalorizou 0,23% para 21.378,73 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 2,4 pontos para 1,267%

Euro sobe 0,06% para 1,272 dólares

Petróleo em Londres avança 0,34% para 68,20 dólares o barril

 

Bolsas europeias sem tendência definida

As bolsas europeias estão a negociar sem uma tendência definida esta quarta-feira, 27 de março, numa altura em que vários focos de incerteza continuam a condicionar os mercados. Por um lado, o Brexit, num dia em que haverá novas votações no parlamento que poderão esclarecer o rumo que os deputados pretendem dar ao processo de divórcio com a UE, e por outro, a guerra comercial, com novos encontros entre os representantes dos Estados e China agendados para esta quinta e sexta-feira.

 

A condicionar o sentimento estão ainda os maus dados sobre os lucros da indústria na China que, apesar de darem um mau sinal sobre a evolução da segunda maior economia do mundo, também aumentam a expectativa de que as autoridades introduzirão mais estímulos para suportar o crescimento.

 

Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,03% para 377,09 pontos, com as perdas das utilities e setor alimentar a serem parcialmente compensadas pela forte subida do setor automóvel.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 0,40% para 5.165,85 pontos, animado sobretudo pelo BCP e pela Galp, que ganham mais de 1%.

 

Juros aliviam na Zona Euro. Itália contraria

Os juros da dívida portuguesa, que atingiram recentemente um novo mínimo de sempre no prazo a dez anos, estão a descer em todas as maturidades, acompanhando a tendência da generalidade dos países do euro. A yield associada às obrigações a dez anos desce 2,4 pontos para 1,267%.

 

Em Espanha, no mesmo prazo, a queda é de 3,1 pontos para 1,061% e na Alemanha de 2,5 pontos para -0,04%. Só Itália contraria a tendência, com uma subida da yield de 1,0 ponto para 2,477% no dia em que o Il Sole 24 avança que o governo já só estima um crescimento do PIB de 0,1% para este ano, face à anterior previsão de 1%.

 

Dólar sobe pela segunda sessão

O dólar está a ganhar terreno face às principais divisas mundiais pela segunda sessão consecutiva, animado pela expectativa de um resultado positivo dos encontros entre responsáveis da China e Estados Unidos, que arrancam esta quinta-feira.

 

Brent valoriza com expectativa de redução da oferta

O petróleo negociado em Londres, o Brent, está a negociar em alta esta quarta-feira, animado pela garantia da Rússia de que o país deverá cumprir os cortes acordados no âmbito do acordo da OPEP+ e pela perspetiva de que as interrupções da produção da Venezuela contribuirão para reduzir ainda mais a oferta desta matéria-prima no mercado.

 

Nesta altura, o Brent soma 0,34% para 68,20 dólares, enquanto o crude, transacionado em Nova Iorque, recua 0,15% para 59,85 dólares.  

 

Ouro em alta ligeira

O metal amarelo está a negociar em alta ligeira, impulsionado pela expectativa de que os maiores bancos centrais do mundo vão pôr um travão no processo de normalização da política monetária, e mudar de rumo para uma postura mais acomodatícia.

 

Em entrevista ao The New York Times, Stephen Moore, a escolha de Trump para ocupar um lugar no Conselho da Fed, defendeu mesmo que a autoridade monetária deve cortar imediatamente os juros em meio ponto percentual.

 

Nesta altura, o ouro soma 0,05% para 1.316,30 dólares, enquanto a prata recua 0,21% para 15,3974 dólares.  

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