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Abertura dos mercados: Impacto da subida dos juros da dívida dos EUA volta a atingir bolsas

O movimento ascendente dos juros da dívida dos Estados Unidos volta a fazer-se sentir nas bolsas mundiais, em particular na Europa cujas principais praças negoceiam em queda, uma subida que também contribui para a valorização do dólar. Petróleo a caminho de quarta semana seguida de ganhos.

Reuters
05 de Outubro de 2018 às 09:32
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Os mercados em números

PSI-20 ganha 0,07% para 5.257,66 pontos

Stoxx 600 perde 0,10% para 379,29 pontos

Nikkei desvalorizou 0,80% para 23.783,72 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1 ponto para 1,923%

Euro recua 0,11% para 1,1502 dólares

Petróleo em Londres avança 0,47% para 84,98 dólares por barril

 

Subida dos juros da dívida dos EUA continua a penalizar bolsas

O aumento das "yields" dos Estados Unidos está novamente a influenciar em baixa as bolsas europeias, sendo que as principais praças asiáticas também negociaram no vermelho esta sexta-feira, 5 de Outubro.

 

Na Europa, o índice Stoxx 600 cede 0,10% para 379,29 pontos, permanecendo assim em mínimos de 19 de Setembro, hoje sobretudo pressionados pelas quedas registadas nos sectores europeus das matérias-primas e automóvel.

 

A alternar entre ganhos e perdas está o lisboeta PSI-20, que segue agora a somar ligeiros 0,07% para 5.257,66 pontos, animado pela Altri (+3,37% para 8,90 euros) que transacciona em máximos de Agosto depois de o BPI CaixaBank ontem ter aumentado o preço-alvo atribuído aos títulos da papeleira.

 

Os dados económicos relativos à economia norte-americana continuam a dar sinais de robustez, o que reforça a perspectiva de novos aumentos dos juros por parte da Reserva Federal dos EUA, o que, por sua vez, está a contribuir para a subida das taxas de juro associadas aos títulos soberanos da maior economia mundial. Este aumento dos juros acaba por ter repercussão no custo de financiamento das empresas que ao aumentar tende a ter impacto negativo nos lucros das mesmas, o que leva os investidores a terem menos apetite pelo mercado accionista.

 

Juros dos EUA ainda em alta e "bunds" em máximos de Maio

Os juros da dívida pública dos Estados Unidos continuam esta sexta-feira em alta no mercado secundário, com a "yield" correspondente aos títulos a 10 anos a escalar para os 3,21%, isto depois de ontem ter atingido o valor mais alto desde 2011.

Os juros das dívidas na Zona Euro também estão a subir, com as "yields" associadas às obrigações da dívida portuguesa e italiana a crescerem respectivamente 1 e 2,8 pontos base para 1,923% e 3,356%. Já a taxa de juro correspondente às "bunds" germânicas avança 3,1 pontos base para 0,562%.

 

Dólar mantém-se em alta

Depois de ter negociado nos mercados cambiais em máximos de seis semanas, o dólar prossegue hoje a toada de ganhos. Em sentido inverso, o euro está a perder 0,11% para 1,1502 dólares.

 

A divisa norte-americana continua a beneficiar da expectativa reforçada de novos aumentos do custo do dinheiro nos EUA.

 

Crude encaminha-se para quarta semana a valorizar

Na última sessão semanal, o petróleo está a caminho de fechar a quarta semana consecutiva com saldo acumulado positivo, a mais longa série de ganhos desde Janeiro.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é utilizado como valor de referência, valoriza 0,47% para 84,98 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI), transaccionado em Nova Iorque, também segue em alta (+0,65% para 74,81 dólares).

 

O crude está assim próximo de máximos de quatro anos numa altura em que se regista já uma quebra das exportações de petróleo do Irão, com o sector petrolífero iraniano a ser penalizado pelas sanções financeiras impostas pelos EUA.

 

Ouro cai mas deve terminar semana com saldo positivo

O metal precioso está a recuar 0,12% para 1.198,45 dólares por onça. No entanto, o ouro acumula nesta altura uma valorização de 0,68% na semana.

 

Os investidores estão atentos à divulgação, na tarde desta sexta-feira, dos dados mais recentes relativos ao mercado laboral norte-americano, sendo que a robustez da maior economia mundial tem apoiado a valorização do dólar, o que se reflecte no ouro uma vez que há menor propensão a apostar neste activo considerado de refúgio.

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