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Abertura dos mercados: Coronavírus volta a ditar selloff nas bolsas. Europa cai mais de 2%

As bolsas europeias estão a ser novamente castigadas pelos receios em torno do coronavírus. Os juros seguem em baixa ligeira e o petróleo em mínimos de janeiro do ano passado.

EPA
Rita Faria afaria@negocios.pt 27 de Fevereiro de 2020 às 09:26

Os mercados em números

PSI-20 desce 1,70% para 5.023,55 pontos

Stoxx 600 perde 2,27% para 395,44 pontos

Nikkei desvalorizou 2,13% para 21.948,23 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos deslizam 0,3 pontos para 0,261%

Euro sobe 0,6% para 1,0946 dólares

Petróleo em Londres cai 1,2% para 52,79 dólares o barril

 

Bolsas europeias voltam às perdas

As bolsas europeias estão a negociar em queda esta quinta-feira, 27 de fevereiro, depois do alívio ligeiro registado na sessão de ontem. O pessimismo está, assim, de volta aos mercados, com os investidores a temerem o impacto do surto do coronavírus na economia global, numa altura em que há cada vez mais países a reportarem casos de infetados e em que o número de vítimas já ultrapassa as 82 mil.

 

Neste contexto, os principais índices europeus descem mais de 2%, prolongando-se o selloff que já anulou os ganhos das bolsas desde o início do ano. O índice de referência para a região, o Stoxx600, perde 2,27% para 395,44 pontos.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 1,70% para 5.023,55 pontos, com todas as cotadas a negociar em queda. O BCP desliza 2,61% para 17,17 cêntimos, a Galp Energia cai 3,21% para 13,27 euros e a Pharol afunda 10,21% para 8 cêntimos.

 

Itália contraria descida dos juros na Europa

Os juros da dívida da generalidade dos países do euro estão em queda esta quinta-feira, numa altura em que os investidores estão a privilegiar os ativos mais seguros, como é o caso das obrigações da Alemanha. A exceção é Itália, o maior foco de preocupação na Europa, já que é o país da região com mais casos de pessoas infetadas pelo coronavírus. Os juros da dívida transalpina a dez anos avançam 2,5 pontos base para 1,014%.

 

Em Portugal, os juros a dez anos deslizam 0,3 pontos para 0,261%, em Espanha caem 0,7 pontos para 0,237% e na Alemanha recuam 1,2 pontos para -0,520%.

 

Euro em alta face ao dólar

A moeda única da Zona Euro está a subir mais de 0,5% face ao dólar norte-americano - que tem beneficiado com os receios dos investidores devido à sua natureza de ativo de refúgio. O euro soma 0,60% para os 1,0946 dólares.

O vice-presidente da Fed, Richard Clarida, disse que, embora o banco central esteja atento ao impacto da epidemia na economia dos EUA, ainda é muito cedo para avaliar se exigirá uma mudança na política monetária. As expectativas de um corte na taxa de juro diretora por parte da Fed caíram de 80,8% para 79,2%, segundo a Reuters. 

 

Petróleo em mínimos de mais de um ano

O petróleo está a prolongar a sua desvalorização nos mercados internacionais, penalizado pelo aumento de novos casos de infetados com o coronavírus, que á agora maior fora da China do que no próprio país. Os investidores temem que o impacto do vírus seja devastador para a economia global, numa altura em que as perspetivas já apontavam para uma desaceleração.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cede 1,31% para48,09 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, perde 1,20% para 52,79 dólares, o valor mais baixo desde janeiro de 2019.

 

Ouro mantém-se em alta

O metal amarelo segue em alta, beneficiando do seu valor enquanto ativo de refúgio, numa altura em que prossegue a fuga ao risco por parte dos investidores. O investimento em ouro já atingiu mesmo o nível mais alto de sempre, acima das 2.625 toneladas, com as novas entradas em ETFs deste ativo a subirem pelo 26º dia consecutivo.

 

O ouro soma 0,42% para 1.647,90 dólares por onça.

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