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Abertura dos mercados: Coronavírus arrasa bolsas pelo quinto dia e atira petróleo para mínimos de mais de um ano

As ações europeias estão em mínimos de outubro do ano passado, e o petróleo em Nova Iorque no valor mais baixo em mais de um ano, com os investidores a "tremerem" perante os possíveis impactos do coronavírus na economia global.

Reuters
Rita Faria afaria@negocios.pt 26 de Fevereiro de 2020 às 09:22

Os mercados em números

PSI-20 desce 1,96% para 4.978,92 pontos

Stoxx 600 perde 2,02% para 396,41 pontos

Nikkei desvalorizou 0,79% para 22.426,19 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 2,4 pontos para 0,253%

Euro soma 0,01% para 1,0881 dólares

Petróleo em Londres desliza 1,26% para 54,26 dólares o barril

 

Bolsas europeias descem pela quinta sessão

As bolsas europeias estão a cair pela quinta sessão consecutiva, arrasadas pelos receios dos investidores em relação ao coronavírus e ao seu potencial impacto na economia global.

 

As duas primeiras sessões desta semana foram de fortes perdas para as bolsas mundiais, e a tendência negativa mantém-se esta quarta-feira, depois de as autoridades da saúde dos Estados Unidos terem avisado os americanos que devem preparar-se para uma verdadeira pandemia, e de cada vez mais países asiáticos terem reportado fortes subidas do número de infetados. É o caso da Coreia do Sul, a quarta maior economia asiática, onde o número de casos identificados já supera os 1.200.

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx 600 perde 2,02% para 396,41 pontos - o valor mais baixo desde outubro – numa altura em que Itália continua a ser o maior foco de preocupação na região.

 

Por cá, o PSI-20 desce 1,96% para 4.978,92 pontos, com todas as cotadas em queda.

 

Juros sobem com exceção da Alemanha

Os investidores estão a fugir dos ativos mais arriscados, como as ações, e a privilegiar os chamados ativos de refúgio, como é o caso das obrigações soberanas alemãs, que seguem em alta. Consequentemente, a yield a dez anos está a cair 0,4 pontos para -0,519%. Na maioria dos restantes países da região do euro, a tendência é a inversa, com os juros portugueses a dez anos a subirem 2,4 pontos para 0,253%, os espanhóis a avançarem 2,7 pontos para 0,234% e os italianos a agravarem-se em 3,7 pontos para 1,020%.

 

Dólar em alta ligeira

O dólar norte-americano, que também serve de refúgio aos investidores em alturas de maior incerteza, está a negociar em alta ligeira. O índice que mede a sua evolução face a um cabaz com as principais congéneres mundiais avança 0,06%, depois de as autoridades norte-americanas terem alertado para os riscos de uma verdadeira pandemia mundial.

 

Petróleo abaixo dos 50 dólares em Nova Iorque

Depois de ter caído mais de 6% nas duas primeiras sessões da semana, o petróleo prossegue em queda, para negociar já abaixo dos 50 dólares em Nova Iorque. A matéria-prima tem sido fortemente penalizada pela rápida e ampla propagação do coronavírus por todo o mundo, que aumenta os receios sobre os efeitos que a epidemia terá no crescimento global.

 

Neste contexto, o Brent, transacionado em Londres, cai 1,26% para 54,26 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 1,04% para 49,38 dólares, o valor mais baixo desde janeiro de 2019.

 

Ouro sobe quase 1%

O metal amarelo, que é um ativo de refúgio por excelência, está a beneficiar com os receios dos investidores em relação ao coronavírus e a valorizar 0,88% para 1.649,53 dólares por onça. Nas últimas dez sessões, o ouro valorizou em oito.

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