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Abertura dos mercados: Bolsas em queda com investidores à espera da Fed

As principais bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo numa altura em que os investidores aguardam pelo encontro da Reserva Federal dos EUA. Os juros portugueses seguem pouco alterados depois da decisão da S&P.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters

Os mercados em números

PSI-20 desce 0,36% para 5.416,60 pontos

Stoxx 600 cai 0,77% para 374,82 pontos

Nikkei desvalorizou 0,90% para 21.480,90 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,1 pontos para 1,756%

Euro cede 0,14% para 1,2273 dólares

Petróleo em Londres cai 0,51% para 65,87 dólares por barril

 

Investidores de olhos postos na Fed

As principais praças europeias estão a negociar em terreno negativo, numa altura em que os investidores aguardam pelo fim do encontro da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) – marcado para quarta-feira. 

Jerome Powell preside à sua primeira reunião de política monetária. Os economistas estão a antecipar uma subida de juros. A taxa dos fundos federais deverá subir 25 pontos base, para um intervalo entre 1,50% e 1,75%, perante a recuperação do mercado laboral e da taxa de inflação no país. Além disso, na conferência de imprensa Powell deverá deixar indicações sobre futuras mexidas nos juros.

O dia está ainda a ser marcado pelas negociações em torno da saída do Reino Unido da União Europeia. Está agendada para o final da manhã desta segunda-feira uma conferência de imprensa dos negociadores. O mercado aguarda para perceber como têm decorrido as negociações. O Reino Unido deixa o bloco económico no final de Março do próximo ano.

A liderar as quedas no Velho Continente está o índice alemão, o DAX, que recua 1,05%, seguido pelo britânico Footsie, que desce 1,02%. O Stoxx 600, índice de referência, perde 0,77%. Em Lisboa, o PSI-20 desce 0,36%, penalizado nomeadamente pela Galp (-1,16% para 15,305 euros) e CTT (-1,82% para 3,132 euros).

 

Juros pouco alterados

Os juros da dívida pública portuguesa estão pouco alterados no mercado secundário. A dez anos, a "yield" nacional sobe 0,1 pontos base para 1,756%, depois de na passada sexta-feira a agência de notação financeira Standard & Poor’s ter mantido a classificação e o "outlook" para a dívida soberana.

Os juros da Alemanha a dez anos somam 0,7 pontos para 0,577%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 118,2 pontos.

 

Euro em queda ligeira

A moeda da Zona Euro está em queda ligeira face ao dólar, recuando 0,14% para 1,2273 dólares. A moeda norte-americana está, de resto, em alta face às principais pares mundiais, com os investidores a aguardarem pelo final do encontro da Fed, que será o primeiro liderado por Jerome Powell, sucessor de Janet Yellen. Além disso, esta reunião decorre numa altura em que os EUA dão sinais de aplicarem uma política monetária mais proteccionista, nomeadamente através da imposição de tarifas sobre o aço e alumínio.

Petróleo em queda com receios em torno da produção dos EUA 

O petróleo está em queda nos mercados internacionais, penalizado pelos receios em torno do aumento da produção dos Estados Unidos, e apesar da garantia da Rússia de que o país está comprometido com os cortes acordados pelos membros da OPEP e seus aliados.

 

Dados mostram que os produtores norte-americanos aumentaram o número de plataformas petrolíferas em funcionamento pela sétima vez em oito semanas, e que a produção continuou a aumentar, tendo atingindo um recorde de 10,4 milhões de barris por dia na semana passada.

 

Entretanto, a Rússia assegurou que irá prolongar os cortes na oferta em 2019, se for necessário, uma garantia que não está a ser suficiente para conter os receios em torno do aumento da produção dos EUA.

 

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,50% para 62,03 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, desce 0,51% para 65,87 dólares.

 

Ouro cai pela quarta sessão antes da reunião da Fed 

O ouro está a cair pela quarta sessão consecutiva, a mais longa série de desvalorizações em mais de um mês. Esta evolução acontece dois dias antes da Reserva Federal dos Estados Unidos terminar a sua reunião de política monetária, onde deverá ser anunciada mais uma subida dos juros nos Estados Unidos, um movimento que é desfavorável para o metal precioso.

 

O ouro desvaloriza 0,29% para 1.310,38 dólares por onça.

 

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