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Abertura dos mercados: Bolsas caem, juros recuam e dólar recupera valor

Os mercados digerem as declarações de ontem de Donald Trump em relação à sobrevalorização do dólar, com impacto no ouro e na nota verde, enquanto os índices bolsistas caem com os investidores a realizarem mais-valias.

No dia 9 de Fevereiro, a Europa acordou em sobressalto. Os mercados bolsistas estavam a 'derreter' e a fuga de capitais para os refúgios - ouro e dívida alemã - dava sinais de que o caso era sério. No final do dia, os piores cenários confirmaram. O índice bolsista de banca perdeu quase 30%, as quedas da bolsa oscilavam entre os 18,5% de Frankfurt e os quase 40% de Atenas, com os índices a regressarem à década de 90. O receio em torno da fragilidade financeira da Europa, com o Deutsche Bank à cabeça, assustou muita gente. Dois dias depois, a tempestade desapareceu do mapa.
Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 cai 0,11% para 4.973,87 pontos

Stoxx 600 recua 0,29% para 380,80 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos cedem 4 pontos base para 3,821%

Euro recua 0,19% para 1,0645 dólares

Petróleo cai 0,2% para 55,75 dólares por barril, em Londres

Banca penaliza bolsas europeias

As bolsas europeias estão a negociar em queda esta quinta-feira, 13 de Abril, com os investidores a aproveitarem para realizar mais-valias depois dos máximos de quase ano e meio registados ontem.

O índice de referência para a Europa (Stoxx600) desce 0,29% para 380,80 pontos, pressionado sobretudo pela banca. Este sector está em destaque na sessão de hoje, dia em que serão conhecidos os resultados do primeiro trimestre de três dos maiores bancos norte-americanos: Citigroup, Wells Fargo e JP Morgan. Além da divulgação das contas, não há indicadores relevantes na agenda dos investidores, nesta que é a última sessão bolsista da semana.

Em Lisboa, o PSI-20 recua 0,11% para 4.973,87 pontos, depois de duas sessões consecutivas de ganhos, com apenas quatro cotadas em alta: o BCP, a Mota-Engil, a Sonae Capital e a REN. A maior descida é protagonizada pela Pharol, que perde 1,77% para 33,3 cêntimos.

Juros portugueses próximos de mínimos do final de Janeiro

Após duas sessões de subidas, os juros da dívida portuguesa voltam a aliviar, acompanhando as descidas que se estendem à generalidade dos países do euro. A ‘yield’ associada às obrigações a dez anos cai 4,0 pontos base para 3,821%, um valor próximo de mínimos do final de Janeiro.

Ontem, o Commerzbank admitiu que a DBRS pode melhorar a perspectiva do rating de Portugal, ainda que, a seu ver, o cenário mais provável, seja a manutenção da tendência estável. O banco alemão destacou as notícias "encorajadoras" sobre o crescimento da economia portuguesa e a descida superior ao esperado do défice, mas lembrou que ainda há eventos de risco pela frente.

Em Espanha, os juros descem 3,2 pontos para 1,638%, em Itália recuam 3,7 pontos para 2,263% e na Alemanha caem 3,0 pontos para 0,17%, colocando o risco da dívida portuguesa – medido pelo spread face à dívida germânica - nos 360,9 pontos (uma descida de 1,2 pontos face à anterior sessão). 

Dólar recupera valor depois das declarações de Trump

A moeda norte-americana recupera valor em relação ao euro, depois de ao final da noite de ontem ter cedido mais de 0,5% na sequência de declarações do presidente norte-americano que, numa entrevista ao The Wall Street Journal afirmou que a moeda norte-americana "está a ficar demasiado forte".

As afirmações de Trump são interpretadas pela Bloomberg como podendo ferir a sua própria credibilidade, quando no passado acusou tanto a China como a Alemanha (no caso em relação ao euro) de estarem a manipular as suas moedas em proveito das suas economias.

"É claro, está a arriscar a sua credibilidade, mas Trump parece não se preocupar. (…) A política mais barata é aquela em que se consegue influenciar o valor da moeda apenas por boca-a-boca. Por isso ele pode sentir-se encorajado a fazê-lo", afirmou Axel Merk, da Merk Investments, à mesma agência noticiosa.


Maior produção nos EUA leva petróleo a interromper maior série de ganhos do ano

O aumento da produção de petróleo nos Estados Unidos conhecido esta quarta-feira, que a coloca nos níveis mais elevados em mais de um ano, contraria os sinais de queda da oferta do lado do cartel da OPEP (que em Março confirmou novo corte na extracção) e leva os preços do barril a interromper a maior série de ganhos deste ano, tanto em Londres como em Nova Iorque.

"Aumentar a produção nos EUA claramente acrescenta pressão, apesar do recuo sólido que se vem verificando nos stocks," afirmou Michael McCarthy, da CMC Markets, à Bloomberg, acrescentando que os cortes de produção da OPEP continuarão, ainda assim, a evitar maiores quedas nos preços.

O West Texas Intermediate, que transacciona do outro lado do Atlântico, cota nos 52,97 dólares (cai 0,26%), ao passo que o Brent do Mar do Norte recua 0,2% para 55,75 dólares.

 

 

Ouro próximo de máximos de cinco meses

O preço por onça do metal precioso cede ao fim de quatro sessões consecutivas de valorização em que foi refúgio dos investidores face à incerteza geopolítica relacionada com a Síria, Coreia do Norte e resultados eleitorais em França, mantendo-se nos 1.285,79 dólares, próximo dos máximos de cinco meses registados na sessão de ontem.

A ligeira cedência de 0,08% surge perante a recuperação do dólar face à queda de ontem, precipitada pelas declarações do presidente norte-americano em relação à sobrevalorização da moeda. Trump afirmou ainda que não deverá voltar a acusar Pequim de manipular a divisa chinesa, o yuan.

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