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Abertura dos mercados: Bolsas animadas com resultados e dólar em alta com cortes nos impostos
As principais bolsas europeias estão em terreno positivo, com os investidores animados com os números apresentados por algumas empresas relativos ao terceiro trimestre. O prometido corte de impostos nos EUA está a impulsionar a moeda local e determinar uma queda do euro.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,28% para 5.475,82 pontos
Stoxx 600 ganha 0,21% para 389,93 pontos
Nikkei valorizou 0,04% para 21.457,64 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,8 pontos para 2,336%
Euro recua 0,39% para 1,1806 dólares
Petróleo em Londres valoriza 0,16% para 57,32 dólares o barril
Bolsas no verde impulsionadas pelos resultados
As bolsas europeias estão a negociar em terreno positivo, impulsionadas pelos resultados das empresas e aliviando das perdas recentes. Se os resultados da Daimler recuaram no terceiro trimestre, já os da Volvo cresceram acima das estimativas.
De acordo com a Bloomberg, os resultados da construtora automóvel sueca subiram 45%, depois da unidade de camiões na América do Norte ter recuperado e a procura da China por equipamentos para as minas e para a construções ter aumentado. O EBIT (lucros antes de juros e impostos) ajustado ascendeu a 7,02 mil milhões de coroas suecas, mais de 728 milhões de euros, o que contrasta com os 6,27 mil milhões de coroas suecas estimados por nove analistas consultados pela agência. As acções já subiram mais de 6%.
A marcar o dia nos mercados está a cimeira europeia. O tema central é o Brexit. Não são esperados avanços significativos, mas o mercado deverá prestar atenção às declarações dos vários líderes europeus para tentarem encontrar pistas sobre o futuro das negociações entre Bruxelas e Londres. Ainda em termos de política internacional, a Catalunha continua a concentrar muita atenção. Depois de Madrid ter já anunciado que vai avançar com o artigo 155.º da Constituição, os investidores estão cautelosos para perceber como vão ser os desenvolvimentos. Isto, num dia em que a Moody’s deverá publicar um relatório sobre o "rating" de Espanha.
A liderar os ganhos na Europa está o germânico DAX, que ganha 0,35%, seguido pelo PSI-20, que sobe 0,28%. O Stoxx 600, índice de referência, cresce 0,21%.
Juros em alta
Os juros da dívida pública portuguesa estão a subir no mercado secundário, depois de na sessão de ontem as "yields" terem ficado muito perto dos mínimos de Dezembro de 2015 a que negociou no final da semana passada.
A dez anos, o prazo considerado de referência, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si sobem 2,8 pontos base para 2,336%. Os juros da Alemanha na mesma maturidade crescem 4,4 pontos base para 0,439%. O prémio de risco da dívida nacional está nos 189,9 pontos.
Dólar avança à boleia do Senado
A moeda norte-americana beneficia do optimismo dos investidores em relação ao prometido corte de impostos nos EUA, que esta madrugada viu ser dado um passo que pode ser decisivo para a sua aprovação: a luz verde à proposta orçamental para 2018, que contempla as reduções de impostos para a próxima década, e uma medida para acelerar a aprovação dessas descidas no Congresso. A nota verde aprecia face à generalidade das contrapartes e segue a caminho do maior ganho semanal em cinco semanas face ao iene – tida como divisa de refúgio.
Já a libra segue em mínimos de duas semanas face ao dólar, perante incertezas em torno do Brexit e da política monetária britânica.
Petróleo em alta
Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a subir, numa altura em que alguns campos petrolíferos no Iraque estão a ser recuperados depois do conflito e da violência que se registou recentemente. Segundo a agência Bloomberg, os engenheiros iraquianos estão a trabalhar no sentido de instalar os equipamentos em falta nestes campos.
A marcar a negociação do petróleo estão também os dados apresentados na quarta-feira pelo governo norte-americano e que indicam que as reservas de gasolina subiram na semana passada, pela quarta semana consecutiva.
O West Texas Intermediate ganha 0,25% para 51,42 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, sobe 0,16% para 57,32 dólares por barril.
Ouro recua com maior optimismo nas bolsas
O preço do metal amarelo corrige dos ganhos da sessão desta quinta-feira, perante um maior apetite por activos de risco como as acções – ontem alguns dos principais índices norte-americanos renovaram máximos históricos - e penalizado também pela apreciação do dólar.
O preço da onça recua 0,68% para 1.281,31 dólares, encaminhando-se para mais uma semana negativa. Nas últimas seis semanas, esta é a quinta em que este activo encerra no vermelho.