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Abertura dos mercados: Alerta da Apple derruba bolsas. Petróleo quebra ciclo de ganhos

Os mercados acionistas estão a ser condicionados pelo alerta da Apple sobre o impacto do coronavírus. O petróleo desce após cinco sessões em alta e os juros de Portugal estão em mínimos desde final de janeiro.

Reuters
Nuno Carregueiro nc@negocios.pt 18 de Fevereiro de 2020 às 09:01

Os mercados em números

PSI-20 desce 0,05% para 5.395,01 pontos

Stoxx600 recua 0,54% para 429,64 pontos

Nikkei desvalorizou 1,4% para 23.193,80 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 3 pontos base para 0,25%

Euro desce 0,06% para 1,0829 dólares

Petróleo em Londres desvaloriza 1,49% para 56,81 dólares o barril 

 

Bolsas recuam de máximos após alerta da Apple

As bolsas europeias seguem o desempenho negativo das praças asiáticas e corrigem dos máximos atingidos na véspera, depois de a Apple ter acenado com um mau momento aos investidores, relembrando a fragilidade da economia mundial. A gigante tecnológica indicou segunda-feira que deverá falhar as metas de receitas traçadas para o primeiro trimestre devido aos efeitos do surto do Covid-19, quer na produção quer na procura na China.

 

Mas a fabricante dos iPhone não foi a única a deixar alertas ao mercado. O HSBC anunciou um plano de reestruturação que contempla o corte de 35 mil empregos e tal como mineira Glencore avisou que a propagação do coronavírus irá afetar a sua atividade.

 

A animar o dia nos mercados está a perspetiva de uma fusão de grandes dimensões na banca em Itália, já que o Intesa lançou uma oferta não solicitada sobre o UBI, que está a disparar 23% na bolsa de Milão.

 

O Stoxx600 desce 0,54% para 429,64 pontos, com a maioria dos índices nacionais a marcar também perdas em torno de 0,5%. Ontem o índice que agrega as 600 maiores empresas europeias tinha atingido máximos históricos em reação aos estímulos monetários (descida de juros) e orçamentais (corte de impostos) anunciados pela China.

 

O alerta da Apple penalizou várias das fornecedoras asiáticas da empresa norte-americana, o que condicionou o desempenho das bolsas do continente. Em Tóquio o Nikkei 225 cedeu 1,4%.

Em Lisboa o PSI-20 desce 0,05% para 5.395,01 pontos, com o índice português a ser penalizado pela Galp Energia, que reage aos resultados de 2019 apresentados esta manhã. 

 

Juros de Portugal caem para mínimos de fevereiro

Com o regresso da instabilidade aos mercados acionistas os investidores voltam a procurar refúgio nos ativos considerados mais seguros, o que beneficia as obrigações soberanas europeias. Os juros dos títulos de dívida portugueses a 10 anos descem 3 pontos base para 0,25%, o que corresponde ao nível mais baixo desde 31 de janeiro. Na Alemanha a yield das bunds com a mesma maturidade está a ceder 2,5 pontos base para -0,428%.

 

Euro perto de mínimo de quase três anos

O dólar volta a ganhar força nos mercados, com o índice da moeda norte-americana em alta ligeira e o euro a recuar 0,06% para 1,0829 dólares. A moeda norte-americana está assim muito perto do mínimo de abril de 2017 fixado na segunda-feira, numa altura e que continuam a ser divulgados dados que apontam para a debilidade da economia europeia no arranque do ano.

 

Petróleo recua de maior ciclo de ganhos do ano

O petróleo desce mais de 1% nos mercados internacionais, corrigindo de uma série de cinco sessões a ganhar terreno, que tinha sido a mais prolongada do ano. A matéria-prima tinha recuperado nas últimas sessões devido à expectativa de impacto limitado do coronavirus na procura de petróleo a nível mundial, mas o alerta da Apple e um research do Citigroup vieram contrariar estas expectativas. O banco de Wall Street alertou os seus clientes que as cotações do petróleo devem permanecer fracas ao longo do primeiro semestre deste ano.

 

O Brent segue em Londres a descer 1,49% para 56,81 dólares, enquanto na Bolsa de Nova Iorque o WTI recua 1,29% para 51,38 dólares.

 

Ouro regressa aos ganhos

O metal precioso é outros dos ativos que mais beneficia com a saída dos investidores dos mercados acionistas. O ouro ganha 0,45% para 1.588,28 dólares, recuperando da desvalorização sofrida na véspera.

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