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Abertura dos mercados: Acordo EUA-China anima bolsas. Juros de Portugal em máximos de dois meses

A notícia de que os EUA e a China colocaram a guerra comercial "em suspenso", para já, está a dar confiança aos mercados. Contudo, perante a incerteza em Itália, os juros portugueses estão em máximos de dois meses.

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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,23% para 5.727,99 pontos
Stoxx 600 ganha 0,29% para 395,83 pontos
Nikkei desvalorizou 0,31% para 23.002,37 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 6,3 pontos base para 1,931%
Euro recua 0,4% para 1,1725 dólares
Petróleo sobe 0,57% para 78,96 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias sobem com acordo entre EUA e China
As principais praças europeias começaram a semana em terreno positivo, incluindo o PSI-20. A excepção é Itália onde o principal índice está a desvalorizar 1,2% perante a instabilidade política. Esta segunda-feira deverá ser conhecido oficialmente o nome proposto pelo 5 Estrelas e Liga para o cargo de primeiro-ministro.

A bolsa nacional está a subir 0,23% para os 5.727,89 pontos puxada pela correcção do BCP, mas também pela valorização do sector do papel. Já o principal índice europeu, o Stoxx 600, sobe 0,29% para os 395,83 pontos. A tendência positiva verificou-se também nas bolsas asiáticas com o índice japonês, o Nikkei, a valorizar 0,31%.

O optimismo dos investidores prende-se com o acordo entre os EUA e a China. As duas principais economias do mundo decidiram dar tréguas, pelo menos para já, à guerra comercial. Na prática isto significa que se mantêm inalteradas as taxas aduaneiras entre os dois países até que um acordo mais vasto seja alcançado.

Juros de Portugal em máximos de dois meses
As incertezas à volta da situação italiana continuam a agravar os juros no mercado secundário de dívida. Os juros da dívida portuguesa a dez anos continuam a subir, acompanhando a tendência italiana. Os juros somam 6,3 pontos base para 1,931% esta segunda-feira, tendo tocado num máximo de início de Março. Em Itália, os juros a dez anos sobem 5,8 pontos base para os 2,286%. Já na Alemanha os juros a dez anos estão a aliviar.

Dólar sobe pela sexta sessão para máximos de Dezembro

O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a valorizar pela sexta sessão consecutiva, negociando no valor mais elevado desde 18 de Dezembro no ano passado.

A animar a divisa norte-americana está o anúncio feito este fim-de-semana que os Estados Unidos e a China "suspenderam" a guerra comercial, até que um acordo mais vasto seja alcançado entre os dois países.

Já o euro está no valor mais baixo desde 12 de Dezembro face ao dólar, no dia em que será conhecido o nome proposto pelo 5 Estrelas e Liga para o cargo de primeiro-ministro. A imprensa italiana avançou, no fim-de-semana que a escolha das duas forças políticas recaiu sobre Giuseppe Conte. O euro desce 0,43% para 1,1721 dólares.


Petróleo sobe, mas segue abaixo dos 80 dólares
Depois de ter ultrapassado a barreira dos 80 dólares, em Londres, na semana passada, o petróleo está a valorizar. O Brent está a subir 0,57% para os 78,96 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 0,63% para os 71,71 dólares, o valor mais elevado em mais de três anos.

Esta subida estará a ser influenciada pelas eleições da Venezuela, um dos membros da OPEP. Devido à falta de transparência, os EUA admitem aplicar sanções ao sector petrolífero venezuelano.

Ouro em mínimos de cinco meses

Contrariando a evolução do dólar, o ouro está em queda pela primeira vez em quatro sessões, negociando no valor mais baixo desde 18 de Dezembro.

O acordo provisório entre as duas maiores economias do mundo está a aliviar a tensão nos mercados, diminuindo a procura por activos de refúgio, como é o caso do ouro. O metal amarelo cai 0,79% para 1.282,83 dólares por onça, enquanto a prata desce 0,90% para 16,2950 dólares.

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