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Abertura dos mercados: BCE continua a elevar bolsas e a pressionar euro

As bolsas europeias estão a negociar em alta impulsionadas pelas palavras de Mario Draghi, que indicou que a autoridade monetária está a estudar todas as medidas possíveis de estímulo monetário adicional. O euro, por sua vez, está em queda.

Reuters
23 de Outubro de 2015 às 08:36
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Os mercados em números

PSI-20 soma 1,42% para 5.445,35pontos

Stoxx 600 avança 0,81% para 372,98 pontos

Nikkei somou 2,11% para 18.825,30 pontos

A "Yield" 10 anos de Portugal recua 4,6 pontos base, para 2,276%

Euro desce 0,12% para 1,1096 dólares

Petróleo avança 1,12% para 48,62 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias em alta à boleia do BCE

As bolsas europeias estão a negociar em terreno positivo esta sexta-feira, 23 de Outubro, impulsionadas pelas palavras de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE). Draghi revelou ontem em conferência de imprensa que mandatou as equipas técnicas da autoridade monetária para estudarem todas as medidas possíveis de estímulo monetário adicional. A possibilidade de serem injectados mais estímulos está a suportar as bolsas europeias.

A liderar as valorizações no Velho Continente está o francês CAC 40, ao somar 1,55%. O PSI-20 cresce 1,42% e é a segunda praça que mais sobe na Europa. O índice português está a ser impulsionado pelos títulos do BCP, Galp Energia e Jerónimo Martins.


Na Ásia a sessão foi também de ganhos, com os principais índices a serem impulsionados pela perspectiva de mais estímulos por parte do BCE, mas também por resultados de empresas tecnológicas norte-americanas melhores do que o estimado e pela subida do preço das casas na China. No Japão, o Nikkei encerrou a subir 2,11% e o Topix avançou 1,95%. Na China, o Shanghai Composite Index soma 1,30%.

Juros da dívida a 10 anos nos 2,2%

Os juros da dívida pública portuguesa no mercado secundário estão a descer em todos os prazos. A perspectiva de mais estímulos monetários por parte do Banco Central Europeu está a provocar um alívio nas "yields" nacionais. No caso da dívida portuguesa a dez anos, prazo considerado de referência, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si recuam 4,6 pontos base para 2,276%. Isto numa altura em que o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, indigitou já Pedro Passos Coelho para formar Governo.

As "yields" espanholas a dez anos, por outro lado soma 1,1 pontos base para 1,603%. E as italianas somam 0,8 pontos base para 1,458%. A dívida alemã também a dez anos recua 0,4 pontos base para 0,492%. O prémio de risco da dívida portuguesa está a descer para 177,2pontos.


Euro em queda

A moeda europeia continua a perder terreno face ao dólar. A marcar a negociação do euro, e tal como ontem, estão as declarações de Mario Draghi a apontarem para o facto de que poderem vir a ser implementados novos estímulos à economia do euro em Dezembro. O euro desce 0,12% para 1,1096 dólares.

Petróleo abaixo dos 49 dólares

Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais mas, ainda assim, o preço por barril continua abaixo dos 49 dólares. O Brent do Mar do Norte, referência para o mercado europeu, soma 1,12% para 48,62 dólares por barril. O West Texas Intermediate cresce 0,77% para 45,73 dólares por barril. Isto numa altura em que continua a existir um excesso da oferta no mercado. Ainda esta quarta-feira, 21 de Outubro, foi revelado pelas autoridades norte-americanas que os inventários cresceram pela quarta semana consecutiva na semana que terminou a 16 de Outubro. A oferta continua assim, de acordo com estes dados, 100 milhões de barris acima da média sazonal em cinco anos.

Ouro sobe

A matéria-prima regista um avanço de 0,68% para 1.174,00 dólares, numa altura em que os investidores estão de olhos postos no encontro da próxima semana da Reserva Federal dos Estados Unidos para tentarem perceber quando é que a autoridade monetária norte-americana poderá subir as taxas de juro.

Destaques do dia
Cavaco indigita Passos e dá "última palavra" aos deputados
. O Presidente da República respeitou a tradição e deu luz verde a Passos para formar Governo. Classificou o acordo entre PS, PCP e BE como "claramente inconsistente" e pediu aos deputados que tenham em conta "os superiores interesses" do país.

Luis Amaral: "A Polónia é muito realista e pró-business". 
A aposta dos gestores portugueses que compraram a polaca Eurocash à Jerónimo Martins há 12 anos "não se altera por resultados eleitorais". Luís Amaral, CEO do grupo grossista, explica porquê.

Podem as eleições na Polónia tramar as cotadas em Portugal? O partido Lei e Justiça, que lidera as sondagens para as eleições legislativas na Polónia, quer aplicar medidas que terão impacto nas contas do BCP e da Jerónimo Martins. Mas as acções já reflectem estes riscos, dizem os analistas.

BCE afasta incerteza da dívida portuguesa. Se a incerteza política tem afectado os juros da dívida, Mario Draghi teve o efeito oposto. A possibilidade de mais estímulos à economia afastou os receios face a Portugal. Contudo, dizem os analistas, se o cenário político piorar, os juros da dívida vão subir.

O que vai acontecer  hoje

PMI na Zona Euro e EUA – É revelado o Índice de gestores de compras (PMI) compósito da Markit, relativo a Outubro, na Zona Euro. Nos EUA é conhecido o PMI para a indústria, também de Outubro.

"Ratings" de Espanha, Itália e Alemanha – A Moody’s agendou uma possível revisão à notação financeira da maior economia da Europa, a Alemanha. No mesmo dia, a Fitch pode actualizar o "rating" atribuído tanto à Itália como a Espanha.


Avaliação bancária em Portugal
 – O INE vai revelar o inquérito à avaliação bancária na habitação. O dado é relativo a Setembro.


Resultados
 – Nos EUA, Procter & Gamble revela os resultados do terceiro trimestre, mas também contas no Velho Continente. Em Espanha, CaixaBank e Sabadell mostram as contas aos investidores.

 

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