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Abertura de mercados: Bolsas aguardam acordo na Grécia. Petróleo e euro perdem terreno

Alexis Tsipras esteve este quarta-feira à noite reunido com Merkel e Hollande mas, apesar das palavras optimistas do primeiro-ministro grego, continua sem existir acordo entre as duas partes. Os mercados vão estar atentos ao desenrolar das negociações.

Bloomberg
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,43% para 5.806,62 pontos

Stoxx 600 perde 0,18% para 390,06 pontos

Nikkei ganhou 1,41% para 20.328,01 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 12,2 pontos base para 3,097%

Euro recua 0,22% para 1,13 dólares

Petróleo perde 0,41% para 61,18 dólares por barril 

 

Lisboa em alta, Europa mista
A bolsa nacional iniciou a sessão em terreno positivo sustentada pela subida da Galp Energia e da Pharol. A petrolífera avança mais de 2% para 11,205 euros, enquanto a Pharol ganha 0,47% para 42,6 cêntimos após sete sessões consecutivas em queda que levaram a capitalização bolsista para o nível mais baixo de sempre e o valor das acções para um mínimo histórico.

Na Europa, a tendência é mista numa altura em queda os investidores aguardam o desfecho das negociações entre Atenas e os credores internacionais. Alexis Tsipras esteve ontem reunido com Merkel e Hollande mas, apesar das palavras optimistas do primeiro-ministro grego, continua sem existir acordo entre as duas partes.   

 

Juros a dez anos continuam acima dos 3% 

As yields da dívida pública portuguesa a dez anos, à semelhança do que já aconteceu ontem, seguem acima dos 3%. Os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida entre si somam 12,2 pontos base para 3,097%, de acordo com a Bloomberg. Nas restantes maturidades, apenas a dois e a três anos se verifica uma queda ligeira.

Um agravamento dos custos de financiamento que está longe de ser um exclusivo de Portugal e que se insere numa tendência recente de queda das cotações das obrigações soberanas um pouco por todo o mundo, depois das fortes valorizações registadas no início do ano. O preço das obrigações varia em sentido contrário ao das "yields".

 

No caso da dívida italiana a dez anos, os juros sobem 8,8 pontos base para os 2,335%. E no caso da dívida espanhola, as yields somam 8,2 pontos base para 2,320%. Madrid vai hoje ao mercado para tentar angariar até seis mil milhões de euros.

 

Euro cede mas mantém-se nos 1,13 dólares

A moeda europeia está a ceder 0,08% para os 1,1315 dólares. Esta evolução tem lugar depois de ontem o euro ter estado a subir face ao dólar.

A atenção dos investidores continua voltada para Atenas.O Banco Central Europeu ontem elevou para 83 mil milhões de euros o montante máximo de fundos a ceder à banca grega. O aumento de 2,3 mil milhões é o maior desde meados de Fevereiro.

 

Preço do petróleo regressa às quedas

Após atingir o nível mais elevado dos últimos seis meses, a matéria-prima voltou a negociar em terreno negativo. A Arábia Saudita, o maior exportador de petróleo do mundo, aumentou a produção diária em 25 mil barris para um total de 30,9 milhões de barris por dia em Maio.

Ouro em queda após três sessões em alta 

Após ter atingido o valor mais elevado do último mês, o ouro está esta quinta-feira em queda e a negociar nos 1.185,45 dólares por onça. A possibilidade de Atenas e os credores internacionais chegarem, em breve, a um acordo está a reduzir a procura por activos refúgio, como é o caso do ouro.

 

Destaques do dia 

"Oferta de troca de dívida correu bastante bem", diz o CFO do BCP - A adesão dos investidores à oferta pública de troca de dívida por novas acções da instituição deverá permitir ao banco aumentar o capital em mais de 400 milhões. O rácio de capital do BCP poderá ir, assim, para valores perto de 11%.

 

António Seladas: Bolsas dos EUA estão "perigosas". O antigo responsável pela análise financeira de empresas no BCP, que passou para o Grupo CIMD, alerta para o risco de uma correcção nas acções norte-americanas poder castigar as bolsas na Europa. 

 

Komileva : BCE "vai estender os estímulos" além de 2016. Lena Komileva reconhece que as medidas do BCE já estão a ter impacto, mas duvida que quando chegarmos a Setembro de 2016 a inflação esteja em 2% e que haja emprego pleno na Zona Euro.

 

S&P baixa "rating" da Grécia após adiamento do reembolso ao FMI. Aos olhos da Standard & Poor’s, a dívida da Grécia é insustentável se a economia não começar a crescer e não for implementada uma profunda reforma no Estado. No espaço de dois meses este é o segundo corte de "rating" desta agência.

 

Alemanha poderá exigir a Atenas apenas uma reforma em troca de ajuda financeira. O Governo alemão estará a considerar desbloquear uma ajuda financeira à Grécia em troca da implementação, para já, de apenas uma das reformas que os credores estão a exigir a Atenas, avançou a agência Bloomberg.


O que vai acontecer hoje

Inflação em Portugal – O INE vai revelar o índice de preços no consumidor, relativo a Maio. Na anterior leitura, os preços tinham registado um crescimento homólogo de 0,4%.

 

Vendas a retalho nos EUA – Serão reveladas as vendas a retalho na maior economia do mundo. O indicador referente a Maio poderá, de acordo com os analistas consultados pela Bloomberg, apontar para um crescimento de 1,1%.

 

Desemprego nos EUA – Vão ser conhecidos os novos pedidos de subsídio de desemprego, na semana terminada a 6 de Junho. Na última semana foram registados 276 mil novos pedidos. 

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