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Yellen defende "cartel comprador" de petróleo russo para limitar receitas de Moscovo

A ideia, que é apoiada pela secretária do Tesouro norte-americana, seria permitir que algum petróleo russo continuasse a chegar ao mercado mas limitando os preços pagos, por forma a não originar elevadas receitas para Moscovo.

Andrew Harrer/Bloomberg
19 de Maio de 2022 às 21:23
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A secretária do Tesouro dos EUA defendeu esta quinta-feira a criação de um "cartel comprador" para o petróleo russo, que determine o preço máximo a pagar, por forma a limitar as receitas para o regime de Vladimir Putin.

Falando aos jornalistas em Bona, na Alemanha, Janet Yellen indicou que no encontro dos ministros das Finanças do G-7 foram discutidas formas de limitar as receitas do Kremlin com o petróleo sem provocar efeitos negativos no mercado.

"O objetivo é manter algum petróleo russo a chegar ao mercado, para não fazer escalar os preços globais", referiu.

Uma das hipóteses estudada é a criação de uma espécie de "cartel de compradores" que fixaria um tecto máximo para os preços que os países aliados estariam dispostos a pagar pelo crude russo.

"Muitas pessoas, incluindo eu, consideram esta possibilidade apelativa de um ponto de vista económico. No entanto, tornar esse mecanismo operacional é desafiante e há muitas questões que ainda precisariam de ser trabalhadas", frisou.

"Não há motivos para subir metas da inflação"
Yellen afastou ainda a possibilidade de a Reserva Federal e outros bancos centrais elevarem a meta fixada para a inflação dos atuais 2% por forma a poderem adotar políticas menos agressivas e não penalizar tanto o crescimento económico.

"Não vejo no imediato que as expectativas de estabilidade dos preços sejam motivo para se alterar a meta definida", considerou.

"O desafio é atingir os objetivos para a inflação que foram estabelecidos", reforçou Yellen.

A questão foi levantada após a inflação nos EUA ter superado os 8% nos dois últimos meses e são cada vez mais os economistas que questionam se a Fed conseguirá baixar a inflação para os 2% nos próximos anos, o que, por sua vez, gerou alguma especulação de que a Fed possa ter de aumentar a meta traçada para o índice de preços no consumidor.
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