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Preços do petróleo afundam 4% com adiamento de reunião da OPEP+

No mercado tem crescido a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados decidam intensificar o corte da oferta para tentarem elevar mais os preços, pelo que o inesperado adiamento do encontro afetou o sentimento dos investidores.

Reuters
22 de Novembro de 2023 às 17:08
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As cotações do "ouro negro" seguem a perder terreno nos princpais mercados internacionais, depois de os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) terem anunciado o adiamento da reunião ministerial prevista para o próximo domingo, 26 de novembro.

 

A reunião do cartel – que tem mantido uma oferta apertada de crude devido aos cortes de produção que tem em vigor – passou agora para 30 de novembro.

 

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a cair 4,01% para 74,65 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 3,91% para 79,23 dólares.

 

Os membros da OPEP+ adiaram inesperadamente o encontro, sem justificarem a decisão, suscitando questões em torno do rumo dos cortes da oferta que estão em vigor.

 

A menor oferta do cartel – a que se junta um esforço adicional de aperto das torneiras por parte da Arábia Saudita e da Rússia – visa manter os preços sustentados, mas a prevista desaceleração económica mundial deixa recear uma menor procura pela matéria-prima, o que tem levado as cotações a caírem. Por isso mesmo, tem estado a intensificar-se a expectativa de que a OPEP+ possa proceder a mudanças neste acordo, aprofundando ainda mais os cortes, tendo sido isso que levou a que o Brent e o WTI subissem mais de 2% na segunda-feira.

 

O atual acordo da OPEP+ prevê um corte conjunto da oferta – e que vigora também durante o ano de 2024 – na ordem dos 3,66 milhões de barris/dia. No entanto, a Arábia Saudita também reduziu, de forma voluntária e unilateral, mais um milhão de barris por dia à sua oferta, tendo a Rússia anunciado também uma diminuição diária extra de 500.000 barris – ambas até pelo menos ao final deste ano.

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