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OPEP prepara extensão dos cortes juntamente com estratégia de saída

O cartel deverá negociar um prolongamento dos cortes na produção de petróleo até ao final de 2018, ao mesmo tempo que prepara uma estratégia de saída para evitar choques no mercado.

Arábia Saudita frente-a-frente com o Irão - Os confrontos comprometerão as exportações de petróleo e gás do Estreito de Ormuz. Como consequência, o petróleo dispara e os planos de privatização da companhia de petróleo Saudi Aramco não resultam. A Arábia Saudita desvalorizará a sua moeda, obrigando a restante região a fazer o mesmo.
DR
24 de Outubro de 2017 às 12:36
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai negociar a extensão dos actuais cortes na produção até ao final do próximo ano, juntamente com uma estratégia de saída para evitar choques no mercado aquando da retirada do seu plano de controlo da oferta.

 

A Bloomberg, que cita fontes próximas das negociações, adianta que a estratégia de saída deverá ser abordada na próxima reunião do cartel em Viena, a 30 de Novembro, ainda que o plano só deva ser conhecido em 2018.

 

O objectivo da OPEP é garantir uma retirada gradual para que o mercado não seja "inundado" quando terminarem os cortes na produção, o que poderia desequilibrar novamente os níveis de oferta em relação à procura e penalizar os preços.

 

A agência noticiosa destaca que, apesar das evidências de que o mercado está a recuperar, os traders temem um regresso aos níveis de produção que desencadearam o colapso dos preços em 2014. Quando a OPEP acordou a primeira extensão dos cortes por nove meses, em Maio, o crude caiu, em parte devido à falta de uma estratégia clara de saída.

 

A OPEP e os seus aliados, que controlam, em conjunto, mais de metade da produção mundial de petróleo, têm dado sinais de que o seu acordo – que foi prolongado até Março do próximo ano - será novamente estendido até ao final de 2018.

 

Inicialmente, o cartel – a que se juntaram mais 11 produtores, incluindo a Rússia - acordou reduzir a produção durante seis meses, a começar em Janeiro. No entanto, o excedente diminuiu de forma mais lenta do que era esperado, obrigando os produtores a prolongarem o acordo. Estimativas da OPEP apontam para uma eliminação desse excedente no terceiro trimestre do próximo ano.  

 

A notícia de que está a ser preparada uma estratégia de saída está a impulsionar os preços da matéria-prima nos mercados internacionais, juntamente com a expectativa de que as reservas de crude nos Estados Unidos terão caído em 3 milhões de barris na semana passada.

 

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, ganha 0,73% para 52,28 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, valoriza 0,71% para 57,78 dólares. 
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