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OPEP deixa para amanhã decisão de prolongamento dos cortes de produção

Amanhã haverá reunião entre os 13 membros do cartel e os seus 10 aliados – o chamado grupo OPEP+ –, de onde poderá sair a decisão de estender, pelo menos por mais três meses, os atuais níveis de corte da produção.

Reuters
30 de Novembro de 2020 às 17:02
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Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que hoje realizam a sua 180.ª conferência ministerial, deixaram para amanhã uma decisão quanto ao nível de oferta nos mercados a partir de janeiro, de acordo com fontes próximas do grupo citadas pela Dow Jones Newswires e pela agência russa TASS.

 

Amanhã haverá reunião entre os 13 membros do cartel e os seus 10 aliados – o chamado grupo OPEP+ –, de onde poderá sair a decisão de estender, pelo menos por mais três meses, os atuais níveis de corte da produção.

 

A OPEP+ acordou reduzir a oferta em 7,7 milhões de barris por dia entre agosto e dezembro, para depois flexibilizar esse corte em cerca de dois milhões de barris diários a partir de janeiro de 2021. Mas poderá então adiar essa entrada de mais crude no mercado e manter durante mais tempo o atual nível de retirada de crude do mercado.

 

No entanto, essa decisão não é ainda um dado adquirido, visto haver membros da OPEP que discordam, como o Iraque e os Emirados Árabes Unidos, o que convida a uma maior prudência dos investidores – e está a levar hoje as cotações para terreno negativo.

 

Isto depois de ontem as conversações informais entre alguns membros não terem dado resultados concretos.

 

"Alguns países membros serão difíceis de convencer, no sentido de serem ainda mais disciplinados no cumprimento das suas quotas de produção" no caso de se adiar a entrada de mais crude no mercado, comentou à Reuters um estratega da corretora petrolífera PVM, Tamas Varga.

Os analistas consultados pelo Negócios antecipam, consensualmente, a manutenção dos atuais níveis de produção da OPEP durante pelo menos mais três meses - algo que o mercado tem estado já a descontar, com este mês a revelar-se de ganhos robustos para os preços do crude nos mercados internacionais (com a ajuda adicional das notícias promissoras na frente das vacinas contra a covid-19).

 

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