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AIE corta estimativa para a procura de petróleo com vacina incapaz de recuperar mercado

A agência sediada em Paris mostra-se mais pessimista com a procura por petróleo para o que resta deste ano, graças às novas restrições na circulação.

A BP, a Galp Energia e a Repsol têm investido na energia solar para diversificar o seu portfólio e diminuir  o peso do petróleo.
Nick Oxford/Reuters
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A Agência Internacional de Energia (AIE) cortou novamente as previsões para a procura de petróleo em todo o mundo, devido às novas restrições que estão a ser impostas pelos governos numa tentativa de travar a propagação do coronavírus, e adianta que o otimismo com a vacina não se vai repercutir a curto prazo no consumo.

Enquanto que os preços do petróleo sobem para máximos de 10 semanas, com o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) a superar a barreira dos 45 dólares por barril, a agência alerta que todo o entusiasmo com os progressos na vacina não se vai espelhar na procura pela matéria-prima até, pelo menos, à segunda metade do próximo ano.

Para o quarto trimestre deste ano, a AIE revê em baixa a procura em menos 1,2 milhões de barris por dia, face às anteriores previsões.

Este ambiente de fraca procura, conjugado com a crescente oferta desmedida em países como a Líbia, coloca pressão na atuação da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que inclui a Rússia e o México), numa altura em que faltam três semanas para uma nova reunião.

Até ao momento, as conversações entre os membros do cartel estão a pender para um adiamento do planeado aumento da produção em 2021, refere a Bloomberg.


Desde 1 de agosto que os 23 membros da OPEP+ aligeiraram esse corte para 7,7 milhões de barris por dia [8% da produção global], devendo este plafond vigorar até dezembro. Depois, de acordo com o plano inicialmente delineado, a redução da oferta passaria a ser de 5,8 milhões de barris/dia entre janeiro de 2021 e abril de 2022.

 

Só que agora a OPEP+ está a pensar manter em vigor durante mais tempo o atual nível de 7,7 milhões de barris/dia de corte da produção, não se excluindo mesmo que volte a intensificar o esforço de retirada de crude do mercado, comentaram fontes do cartel à Bloomberg.

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