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Gestores divididos nas acções

Os especialistas dos supermercados de fundos não são unânimes sobre o futuro de curto prazo das acções. Uns especialistas dizem que está na hora de tomar mais-valias no mercado accionista. Outros continuam a acreditar que as bolsas avançarão graças aos bons resultados empresariais. Todavia, nenhum deles evita por completo as acções.

04 de Maio de 2011 às 08:35
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Conheça oito carteiras de fundos




As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.






ActivoBank
Alemanha continua a surpreender

Os portefólios desenhados pelo ActivoBank continuam a avançar ao ritmo do movimento dos mercados, por isso os especialistas não têm razões para rever os fundos de investimento seleccionados para as duas estratégias. Na carteira agressiva, o Fidelity Germany liderou os ganhos, ao render mais de 4% no último mês, o que não surpreendeu os responsáveis do ActivoBank. Desde meados de Março, "o dólar norte-americano depreciou mais de 3% face à moeda única europeia, o que acabou por limitar os ganhos dos investidores baseados em euros a cerca de metade dos registados nas divisas locais", contabiliza Gonçalo Gomes, da direcção de marketing do banco. O avanço do Fidelity Germany não surpreende, porque "o efeito cambial é neutro", explica o especialistas.

Christian Engelbrechten, o gestor da Fidelity que dirige o Fidelity Germany desde o início do ano, investe exclusivamente em acções da Alemanha, onde se destacam a especialista em engenharia Siemens, a produtora de programas informáticos SAP, a química BASF, a seguradora Allianz e o Deutsche Bank. Nos últimos 12 meses, o fundo rendeu cerca de 20%.

O pior desempenho entre os produtos de investimento escolhidos pelo ActivoBank foi o do Parvest Equity USA Small Cap. Este fundo, que obteve uma perda superior a 3% no último mês, investe em pequenas sociedades cotadas nos Estados Unidos da América. O último portefólio divulgado indica a Concho Resources, uma firma independente que explora petróleo e gás no Novo México e no Texas, como maior aposta.







Banco Best
Mudança no território das mercadorias

Os especialistas do Banco Best continuam a recomendar aos investidores que tenham uma exposição ao mercado de mercadorias. Porém, o produto que sugerem já não é o mesmo. "Face ao mês anterior substituímos o fundo Pimco Commodities Plus Strategy pelo Vontobel Belvista Commodity, pois é um fundo que incide sobre a mesma temática, mas que apresenta, actualmente, um perfil de rendibilidade e risco mais favorável", explicam os responsáveis pela direcção de investimentos do banco.

Jacques Blatter, o gestor que administra o Vontobel Belvista Commodity a partir de Zurique, tem um objectivo claro: alcançar uma rendibilidade equivalente à do índice Dow Jones - UBS Commodity Index TR, que agrega vários tipos de mercadorias, acrescida de 3% a 5% por ano. Ele obtém exposição às várias mercadorias através de contratos financeiros derivados. No início de Abril, as suas maiores apostas eram nos bens energéticos e nos cereais. Embora tenha ganho cerca de 26% nos últimos 12 meses, o Vontobel Belvista Commodity perdeu 18% desde que foi lançado em Maio de 2008.

No último mês, o fundo eleito pelo Banco Best que mais bem se comportou foi o Jupiter European Growth, que investe em acções de empresas europeias de média dimensão. O produto que mais perdeu foi o Vontobel Global Trend New Power. O investimento em energias limpas foi penalizado em mais de 3% no último mês, em grande parte devido ao efeito cambial.







Banco BIG
Altura certa de encaixar mais-valias

Os gestores de activos do Banco Big acreditam que a recente subida dos mercado de acções desvendou uma oportunidade de tomada de mais-valias. Assim, os responsáveis do banco sugerem o resgate parcial ou total de alguns fundos de acções incluídos nos portefólios prudente e agressivo.

O Threadneedle European Select é o primeiro a sair. Este fundo, que se estreou apenas há um mês nas duas carteiras do Banco Big, é alienado com um ganho líquido de cerca de 3%. Na estratégia agressiva, os especialistas aconselha ainda a tomada de mais-valias parciais no fundo ING Global High Dividend. Deste modo, o peso deste instrumento na carteira recomendada desce de 20% para 10%.

O espaço aberto pelo resgate no portefólio prudente deve ser ocupado pelo Pictet Absolute Return Global Diversified, um fundo de retorno absoluto que pretende ganhar mais do que as taxas curto prazo da Zona Euro. Para isso, os três gestores responsáveis pelo fundo, Gianluca Oderda, Olivier Doleires e Rafael Matamoros, investem em várias áreas, como acções, obrigações, dívida emergentes e mercadorias.

Na carteira agressiva, o Banco Big sugere o reforço no JPMorgan Income Opportunity, um fundo flexível com exposição aos diferentes segmentos de dívida, e a inclusão do Amundi Global Aggregate. Este último produto investe em obrigações de todo o mundo classificadas com os "ratings" mais elevados, embora actualmente esteja mais enviesado para os títulos de dívida empresarial.







Deutsche Bank
Acções continuam a fornecer ganhos

A carteira agressiva do Deutsche Bank continua concentrada no mercado accionista. À excepção da aposta no DB Platinum Commodity Euro, o fundo de mercadorias que absorve 5% do capital da estratégia, o portefólio está investido em acções. Apesar da queda do valor dos investimentos norte-americanos (por força do movimento cambial desfavorável), que representam 41% do modelo agressivo do Deutsche Bank, os ganhos continuam a ser registados.

O BlackRock Emerging Markets foi o maior contribuinte para o avanço dos dois portefólios. Este fundo de acções dos mercados emergentes ganhou cerca de 3,8% ao longo do último mês. A maior parte do dinheiro gerido pelo trio de especialistas - Daniel Tubbs, Sam Vecht e Dhiren Shah - é aplicado na América Latina, em títulos como os das brasileiras Vale e Itaú Unibanco.

Do lado das perdas, o destaque é do Schroder Global Corporate Bond, presente na carteira prudente. Este fundo de obrigações mundiais de empresas desvalorizou mais de 2% desde a última revisão dos portefólios, em Março. O facto dos títulos denominados em dólares norte-americanos predominarem na composição do fundo da Schroders não ajudou ao desempenho mensal. O maior investimento da gestora Lucette Yvernault é uma emissão do tesouro norte-americano que paga um cupão anual de 2,25% até Março de 2016.




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