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Carteiras avançam pelo terceiro mês consecutivo

Mercados accionistas alimentam mais um mês de ganhos para as carteirasrecomendadas. Bancos optam por não fazer alterações às carteiras em Setembro, o mês do "vai ou racha" para a Grécia. ActivoBank e Deutsche Bank lideram rendibilidades nos perfis prudente e agressivo, respectivamente.

03 de Setembro de 2012 às 11:25
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Conheça as mudanças operadas nas oito carteiras de fundos




As carteiras prudentes foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais de 4%.

As carteiras agressivas estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.





ActivoBank
Carteira agressiva ganha terreno

A declaração de Mário Draghi ao jornal francês Le Monde, afirmando que "o euro é irreversível" foi o tónico para o comportamento positivo dos mercados. "Estas declarações, aliadas ao período de férias de grande parte dos analistas, contribuíram para um comportamento mais ordeiro nos últimos dias nos mercados norte americanos e europeus, tendo o VIX - índice de volatilidade - atingido valores invulgarmente baixos para os últimos anos", explicam os especialistas do ActivoBank.

Ambas as carteiras de fundos recomendadas pelo ActivoBank ganharam terreno nas três primeiras semanas de Agosto. Na carteira prudente, que continua a liderar a rendibilidade entre as carteiras mais conservadores, o fundo mais pesado da carteira, o UBS SF yield e o fundo de acções BNY Mellon Long Term Global Equity forma os maiores responsáveis pelo ganho global de 0,85%, embora todos os fundos tenham ganho valor no período analisado. Já na carteira com perfil agressivo, o destaque vai também para o fundo de acções gerido pela BNY Mellon Asset Management e para o fundo mais pesado da carteira, o fundo de acções UBS SF Equity. A aposta no sector tecnológico através do fundo Skandia Technology também contribuiu para o ganho global de 2,9% da carteira, ao avançar 3,4%. Embora apenas por algumas décimas, é a primeira vez desde Abril que a carteira mais agressiva ultrapassou o portefólio com perfil prudente em termos de rendibilidade anualizada.






Banco Best
Carteiras de baixo risco

Os portefólios recomendados de fundos do Banco Best continuam a pautar pela gestão minuciosa da volatilidade. Apesar deste enfoque, ambas as carteiras registaram nas primeiras semanas de Agosto desempenhos positivos e, para Setembro, à semelhança dos restantes bancos, os especialistas do banco não recomendam qualquer alteração às carteiras.

O portefólio de fundos com perfil prudente continua a liderar no indicador de eficiência ao registar o Índice de Sharpe mais elevado entre as congéneres. No entanto, o enfoque na gestão do risco está a ter efeitos na rendibilidade conseguida. Nas três primeiras semanas de Agosto, a carteira de fundos com perfil prudente registou um desempenho praticamente nulo. Ainda assim, destaque para o fundo de acções norte-americanas Pioneer U.S. Fundamental Growth que conseguiu uma valorização de 3,4%. No entanto, como tem uma ponderação reduzida na carteira, tal ganho apenas conseguiu anular as perdas registadas por dois dos fundos de obrigações mais pesados do portefólio: o Schroder Global Corporate Bond e o Goldman Sachs Global Fixed Income.

Na carteira com perfil agressivo, o ganho global foi positivo em 1,2%, devido ao desempenho do fundo de acções norte-americanas já citado, que neste portefólio possui uma ponderação superior, ao fundo de acções europeias Allianz Europe Equity Growth e ao fundo de acções de mercados emergentes Vontobel Fund Emerging Markets Equity. Este portefólio regista também o menor risco entre os congéneres com o mesmo perfil.






Banco BIG
Sem motivos para mudanças

Agosto não trouxe nada de novo aos mercados, o que justifica manutenção das carteiras de fundos recomendadas pelo Banco Big para Setembro. Apesar da falta de eventos marcantes, ambos os portefólios beneficiaram da recuperação dos mercados accionistas para somar mais alguns ganhos. Na carteira com perfil prudente, o destaque positivo vai para o fundo de obrigações de empresas europeias Invesco Euro Corporate Bond, que avançou 1,9% no período em análise e foi o maior contribuinte para a valorização de 0,23% conseguida pela carteira. Esta variação só não foi superior devido ao desempenho negativo do fundo de obrigações global JPMorgan Global Bond, um dos fundos mais pesados da carteira, e do fundo de dívida emergente Pictet-Emerging Local Currency.

No portefólio de fundos indicado a investidores menos avessos ao risco, os ganhos foram mais expressivos, devido ao avanço dos mercados accionistas. O fundo de acções norte-americanas Pioneer US Fundamental Growth, que beneficiou do máximo alcançado recentemente pelo índice de acções norte-americano S&P 500, ganhou 3% no período em análise, o mesmo valor o ING Sustainability Equity, um fundo que investe em empresas socialmente responsáveis de grande capitalização a nível global. No período em análise, apenas o fundo de obrigações globais Pioneer Global Aggregate Bond contribuiu negativamente para o desempenho do portefólio que, no global, ascendeu a 1,6%.






Deutsche Bank
De olhos na Alemanha

A semelhança das congéneres, as carteiras de fundos recomendadas pelo Deutsche Bank registaram ganhos no período em análise, tendo o portefólio com perfil agressivo vincado a liderança na rendibilidade. Ainda assim, o banco continua com uma posição prudente em relação à evolução dos mercados. "A avaliação da actual situação macroeconómica nos Estados Unidos bem como o seu outlook pioraram nas últimas semanas", afirmam os especialistas da instituição. "Há, no entanto, sinais de que o consumo privado será uma fonte de crescimento nos próximos trimestres, apesar do mercado de trabalho apresentar uma reduzida dinâmica", sublinham.

Na Europa, o banco alemão entende que os problemas na Zona Euro estão longe de estar resolvidos e focam as atenções no dia 12 de Setembro, data em que o Tribunal Constitucional alemão se pronunciará sobre o "European Stability Mechanism" (ESM), que representa uma condição necessária para a tão falada união bancária. A Grécia continua no epicentro da crise e a recente notícia de que o Fundo Monetário Internacional (FMI) terá recusado um novo programa de ajustamento ou a extensão do actual fez aumentar a especulação em torno da saída da Grécia da Zona Euro. Do lado positivo das atenções está Espanha, pois "um misto de fundos provenientes do 'European Financial Stability Facility' (EFSF)/ESM e da operação de "Long Term Refinancing Operation" do Banco Central Europeu poderá aguentar ser suficiente para aguentar o país até ao recomeço do crescimento económico", explica o Deutsche Bank.




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