Notícia
Cooperman, o "gestor estrela" na mira da SEC
Acusado de "insider trading", o gestor que fundou a Omega Advisors refuta as acusações e garante que não fez nada ilegal. Mas assume que teve informação privilegiada e comprou acções nessa altura.
É a partir do 33º andar do seu escritório, num edifício próximo de Times Square, em Nova Iorque, que Leon Cooperman delineia as estratégias de investimento dos fundos que gere na Omega Advisors. Com meio século de carreira, o "gestor estrela" tornou-se uma referência da indústria de "hedge funds" nos EUA. Acusado pelo regulador de abuso de informação privilegiada, garante que não fez nada errado. Mas terá agora que convencer as autoridades e, sobretudo, os investidores.
Aos 73 anos de idade, Cooperman (na foto) enfrenta provavelmente o maior desafio da sua carreira: provar que as alegações da SEC contra ele são injustificadas. "Foram precisos 50 anos de trabalho árduo e a seguir as regras para chegar onde cheguei e não vou deixar estas pessoas destruir o meu legado", disse o gestor de fundos de cobertura de risco, em resposta às acusações da SEC.
Num caso que remonta a Julho de 2010, o regulador norte-americano acusa o gestor e a Omega Advisors – que fundou em 1991 – de uso de informação confidencial para reforçar na Atlas Pipeline, antes de ser reportado ao mercado que a empresa estaria a equacionar alienar um conjunto de activos. O gestor reconhece que teve acesso a esta informação e que comprou acções depois de ter conhecimento desta notícia, mas não terá sido isto a determinar a aquisição.
Numa carta dirigida aos colaboradores da Omega, citada pela Forbes, Cooperman defende-se argumentando que, antes do período em que a SEC acusa o gestor de abuso de informação privilegiada, a gestora já detinha uma posição superior a 100 milhões de dólares em títulos da companhia. Ainda assim, terá reforçado o investimento em 3,8 milhões no período em que dispunha de informação que os restantes investidores ainda não conheciam.
E é a este período que a SEC se refere. As autoridades alegam que, após o anúncio do negócio, a 28 de Julho de 2010, as acções da Atlas valorizaram 30%, o que permitiu à gestora embolsar quatro milhões de euros, com o reforço da aposta em acções e obrigações da empresa. Numa resposta ao processo da SEC, que o visa a si e à Omega, Cooperman diz que vai refutar estas acusações, ainda que pudesse resolver este caso "por bem menos dinheiro do que dá para a caridade todos os anos".
Mas, mais do que a reputação, Cooperman tem também que defender o investimento nos fundos da Omega Advisors. Face a estas acusações, os investidores poderão acelerar os resgates.
Aos 73 anos de idade, Cooperman (na foto) enfrenta provavelmente o maior desafio da sua carreira: provar que as alegações da SEC contra ele são injustificadas. "Foram precisos 50 anos de trabalho árduo e a seguir as regras para chegar onde cheguei e não vou deixar estas pessoas destruir o meu legado", disse o gestor de fundos de cobertura de risco, em resposta às acusações da SEC.
Numa carta dirigida aos colaboradores da Omega, citada pela Forbes, Cooperman defende-se argumentando que, antes do período em que a SEC acusa o gestor de abuso de informação privilegiada, a gestora já detinha uma posição superior a 100 milhões de dólares em títulos da companhia. Ainda assim, terá reforçado o investimento em 3,8 milhões no período em que dispunha de informação que os restantes investidores ainda não conheciam.
E é a este período que a SEC se refere. As autoridades alegam que, após o anúncio do negócio, a 28 de Julho de 2010, as acções da Atlas valorizaram 30%, o que permitiu à gestora embolsar quatro milhões de euros, com o reforço da aposta em acções e obrigações da empresa. Numa resposta ao processo da SEC, que o visa a si e à Omega, Cooperman diz que vai refutar estas acusações, ainda que pudesse resolver este caso "por bem menos dinheiro do que dá para a caridade todos os anos".
Mas, mais do que a reputação, Cooperman tem também que defender o investimento nos fundos da Omega Advisors. Face a estas acusações, os investidores poderão acelerar os resgates.