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Wall Street corrige com banca a dar o mote às quedas

Depois dos máximos históricos atingidos ontem, as principais bolsas norte-americanas negociaram hoje no vermelho, dada a especulação de que estes recordes poderiam estar a ir demasiado longe. Isto numa altura em que ainda não há pormenores sobre a reforma fiscal prometida por Donald Trump.

Bloomberg
02 de Março de 2017 às 21:17
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As bolsas do outro lado do Atlântico estiveram hoje a corrigir, com a banca a dar o mote. Depois de terem fixado novos máximos de sempre na sessão de quarta-feira, a reagirem bem ao discurso do presidente Trump perante o Congresso, hoje veio a correcção, numa altura em que há quem questione a amplitude das recentes subidas.

 

Depois de na terça-feira ter atingido pela primeira vez o patamar dos 21.000 pontos, e marcado um máximo histórico 21.169,11 pontos, o Dow Jones encerrou esta quinta-feira a ceder && para 6& pontos.

 

Também o Standard & Poor’s 500 inverteu para terreno negativo, terminando a recuar && para pontos. Na sessão de ontem, fixou um recorde nos 2.400,98 pontos.

 

O tecnológico Nasdaq Composite acompanhou o movimento de correcção, com uma desvalorização de && para 5.904,03 pontos. Na véspera, tocou nos 5.911,79 pontos, território onde nunca tinha estado.

 

O sector que hoje mais pressionou a negociação bolsista em Wall Street foi o financeiro, depois de ontem a banca ter atingido o patamar mais alto desde 2007.

 

Um título em destaque pela negativa foi o da Caterpillar. A empresa de maquinaria para o sector mineiro e da construção, e que também fabrica motores e veículos pesados, afundou depois de ser anunciado que os seus escritórios em Illinois foram alvo de busca por parte de agentes da Autoridade Fiscal dos EUA, não tendo sido avançado quais seriam as suspeitas de irregularidades que conduziram à operação.

 

A Caterpillar encerrou a cair 4,40% para 94,24 dólares, depois de ter chegado a mergulhar 5,82%. Há oito meses que não registava uma descida tão acentuada.

 

Do lado dos ganhos, sobressaiu a Snap, que se estrou em bolsa a superar fortemente o preço de 17 dólares estabelecido na oferta pública inicial (IPO). A dona da rede social Snapchat fechou a somar 44% para 24,48 dólares, com uma capitalização bolsista de 30 mil milhões de dólares.

 

Um dos factores que está a levar a uma maior contenção, explica a Bloomberg, é o facto de as recentes subidas das bolsas e das matérias-primas se basearem na perspectiva de um crescimento económico generalizadamente mais sólido, sendo que afinal os últimos dados apontam um aumento da inflação na Europa e para um mercado de trabalho nos EUA um pouco mais "apertado".

 

Os investidores aguardam agora com expectativa pela reunião de 14 e 15 de Março da Reserva Federal norte-americana. Amanhã a presidente da Reserva Federal, Janet Yellen, marcará presença no Club de Chicago, onde falará sobre política monetária. Isto numa altura em que o mercado tenta perceber se haverá subida das taxas de juro na próxima reunião.

 

As expectativas apontam para que os juros directores subam mesmo este mês, com os economistas inquiridos pela Bloomberg a colocarem uma probabilidade de 88% de o banco central dos EUA os aumentar em 25 pontos base.

 

Depois de nos últimos dias vários responsáveis de Reservas Federais regionais terem feito declarações que apontam para a possibilidade de os juros de facto subirem já este mês nos EUA, amanhã também o presidente da Fed de Chicago, Charles Evans, e o presidente da Fed de Richmond, Jeffrey Lacker, serão oradores num painel sobre política monetária na Booth School of Business da Universidade de Chicago. 

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