Notícia
Valor das criptomoedas supera os 2 biliões de dólares. Bitcoin aproxima-se de novo máximo
A capitalização de mercado das criptomoedas ultrapassou a barreira dos 2 biliões pela primeira vez na história, tendo duplicado o seu valor só em 2021.
Este novo patamar envolve as cerca de 6.600 moedas acompanhadas pela plataforma CoinGecko, lideradas pela bitcoin que sozinha vale mais de 1 bilião de dólares, tendo ultrapassado esta marca também este ano, numa altura em que volta a estar perto dos máximos históricos dos 61 mil dólares.
Se a bitcoin fosse uma empresa cotada no índice norte-americano S&P 500 seria a sétima mais valiosa, à frente de companhias como a Berkshire, a Johnson & Johnson, a Walmart ou o JP Morgan. Se contarmos o valor de mercado total das criptomoedas, entraria para o grupo restrito das "trillion dollar baby" (na terminologia anglo-saxónica, que corresponde a um valor de mercado acima de 1 bilião), onde estão apenas a Apple, a Microsoft, a Amazon e a Google – à frente, por exemplo, do Facebook e da Tesla.
A subida das criptomoedas está a ser impulsionada pela entrada de investidores institucionais principalmente na bitcoin, como a entrada da Tesla - a fabricante de veículos elétricos de Elon Musk - que anunciou a compra de 1,5 mil milhões de dólares desta criptomoeda, como parte da nova política de investimento atualizada em janeiro deste ano.
De acordo com o Google Trends, as pesquisas por ethereum no motor de busca atingiram um máximo de sempre – assim como por bitcoin –, com o maior interesse no último ano a surgir de países como a Nigéria, que se tem revelado o segundo maior mercado de criptomoedas do mundo. Segundo os dados da Paxful, uma plataforma de "trading", foram transacionadas mais de 60 mil bitcoins na Nigéria de 2015 até novembro do ano passado, um valor apenas superado pelos Estados Unidos.
Estes números sofreram um aumento maior durante os protestos na Nigéria, no ano passado, em que o governo bloqueou as plataformas de pagamento convencionais para não ser permitido financiar o grupo de protestantes. A solução usada foi o recurso à bitcoin e no espaço de uma semana, a transação de bitcoins representou 40% dos 400 mil dólares levantados no país nesse período, segundo o Quartz.