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"Vai demorar algum tempo" até que subidas de juros se façam sentir na inflação, alerta Powell
15 meses depois e 500 pontos base acima, a Reserva Federal dos EUA fez uma pausa na subida de juros. O presidente Jerome Powell justificou a decisão com as implicações para a economia e alertou que a inflação ainda poderá demorar a reagir.
A inflação nos EUA está a moderar, mas a plena extensão dos efeitos da subida de juros da Reserva Federal norte-americana ainda poderão demorar. O alerta foi feito pelo presidente Jerome Powell, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de política monetária do banco central que ditou uma pausa no aumento das taxas de referência.
"Temos vindo a ver os efeitos do aperto de políticas do lado da procura nos setores da economia mais sensíveis a taxas de juro, especialmente habitação e investimento. Vai demorar, contudo, algum tempo até que a totalidade dos efeitos da redistribuição monetária se façam sentir - especialmente na inflação", afirmou Jerome Powell.
A subida do índice de preços no consumidor (IPC) nos Estados Unidos caiu para 4% em maio, em relação aos 4,9% registados em abril. Os últimos números indicam que a inflação está no nível mais baixo desde março de 2021, superando as estimativas dos analistas, que apontava para 4,1%. Contudo, a meta da Fed é que a inflação se aproxime de 2%.
Para isso, a Fed tem vindo a subir as taxas diretoras ao longo dos últimos 15 meses num total de 500 pontos base e, pela primeira vez desde então, decidiu não o fazer esta quarta-feira. Por decisão unânime, os juros mantém-se inalterados num intervalo entre 5% e 5,25%.
"À luz de quão longe chegámos no aperto monetário, havendo incerteza sobre como é que a política monetária afeta a economia e quais os potenciais riscos de crise no crédito, o comité decidiu manter o intervalo de juros (...) e continuar o processo de significativamente reduzir os ativos no balanço", explicou o líder norte-americano.
Contudo, esta decisão não significará o fim. A atualização do "dot plot" – um mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores – aponta para subidas adicionais ainda este ano, já que estima que a taxa dos fundos federais esteja nos 5,6% (valor mediano) no final de 2023. Para o final de 2024, projetam os 4,6%, indo ao encontro do esperado alívio nas restrições da política monetária da Fed.
"Quase todos os membros do comité esperam que seja apropriado subir juros de alguma forma até ao fim do ano, mas nesta reunião, considerando o quão longe chegámos e quão rápido nos movemos, consideramos prudente manter os juros inalterados para permitir ao comité avaliar informação adicional e as suas implicações para a política monetária", justificou.
"Temos vindo a ver os efeitos do aperto de políticas do lado da procura nos setores da economia mais sensíveis a taxas de juro, especialmente habitação e investimento. Vai demorar, contudo, algum tempo até que a totalidade dos efeitos da redistribuição monetária se façam sentir - especialmente na inflação", afirmou Jerome Powell.
Para isso, a Fed tem vindo a subir as taxas diretoras ao longo dos últimos 15 meses num total de 500 pontos base e, pela primeira vez desde então, decidiu não o fazer esta quarta-feira. Por decisão unânime, os juros mantém-se inalterados num intervalo entre 5% e 5,25%.
"À luz de quão longe chegámos no aperto monetário, havendo incerteza sobre como é que a política monetária afeta a economia e quais os potenciais riscos de crise no crédito, o comité decidiu manter o intervalo de juros (...) e continuar o processo de significativamente reduzir os ativos no balanço", explicou o líder norte-americano.
Contudo, esta decisão não significará o fim. A atualização do "dot plot" – um mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores – aponta para subidas adicionais ainda este ano, já que estima que a taxa dos fundos federais esteja nos 5,6% (valor mediano) no final de 2023. Para o final de 2024, projetam os 4,6%, indo ao encontro do esperado alívio nas restrições da política monetária da Fed.
"Quase todos os membros do comité esperam que seja apropriado subir juros de alguma forma até ao fim do ano, mas nesta reunião, considerando o quão longe chegámos e quão rápido nos movemos, consideramos prudente manter os juros inalterados para permitir ao comité avaliar informação adicional e as suas implicações para a política monetária", justificou.
A expectativa do mercado é que um novo aumento aconteça no encontro de julho. Questionado sobre a possibilidade na conferência de impresa, o presidente da Fed não se quis comprometer: "Não tomámos nenhuma decisão sobre julho. Só posso dizer duas coisas: não foi tomada nenhuma decisão e espero uma reunião animada".