Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Todas as acções do IBEX, DAX, CAC e AEX fecham a cair

As acções europeias fecharam hoje em queda generalizada, com todos os membros dos índices de Madrid, Frankfurt, Paris e Amesterdão a perderem valor na sessão. Resultados negativos de empresas, dados económicos que apontam para uma desaceleração económica

18 de Abril de 2005 às 17:21
  • ...

As acções europeias fecharam hoje em queda generalizada, com todos os membros dos índices de Madrid, Frankfurt, Paris e Amesterdão a perderem valor na sessão. Resultados negativos de empresas, dados económicos que apontam para uma desaceleração económica e as declarações de Rodrigo Rato explicam o desempenho das praças europeias.

O Dow Jones terminou sexta-feira a recuar 1,86%, a maior queda em quase dois anos, com os investidores a evitarem os mercados accionistas, perante resultados negativos de várias empresas e dados económicos que apontam para uma desaceleração na maior economia do mundo.

Este sentimento negativo, a se juntou as declarações de Rodrigo Rato, director geral do FMI, reflectiu-se nas praças asiáticas, com a bolsa de Tóquio, também penalizada pelas relações comerciais tensas com a China, a sofrer uma queda de 3,8%. O Nikkei, a cair há seis sessões consecutivas, registou a maior descida nos últimos 11 meses, negociando abaixo dos 11 mil pontos pela primeira vez nos últimos quatro meses.

Nas praças europeias, que já tinham fechado em queda acentuada na sexta-feira, o cenário foi idêntico, com os principais índices de acções a sofrerem quedas acima de 2%.

O DJ Stoxx 50 cedeu 1,66%, para os 2.810,63 pontos, com os 50 títulos do índice em queda. Ao longo da sessão o índice chegou a cair 2,23%, quase anulando os ganhos obtidos este ano. As acções europeias foram influenciadas pelo sentimento negativo nos mercados, e também pelos resultados abaixo do esperado da holandesa Royal Philips, que contagiou as cotações de outras tecnológicas.

A agravar a situação, o director geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo Rato, afirmou que os mercados podem sofrer «uma correcção abrupta» a não ser que os responsáveis tomem medidas para acelerar o ritmo de crescimento económico.

«Se os responsáveis não se adaptarem, não mudarem para reagir a estes desequilíbrios, corremos o risco de uma correcção abrupta dos mercados ... (altura em que), por diversas razões, a confiança poderá ficar reduzida, ou até desaparecer», afirmou o responsável em conferência de imprensa.

Os últimos dados económicos têm apontando para um abrandamento na economia americana e europeia. A confiança dos consumidores norte-americanos atingiu um mínimo de dois anos e a União Europeia alertou hoje que o crescimento na Europa pode abrandar de forma mais abrupta. Há duas semanas a Comissão Europeia já tinha revisto em baixa as previsões de crescimento para a Zona Euro, um procedimento que foi seguido pelo FMI e pela OCDE.

Quedas generalizadas

Em Amesterdão o AEX desceu 2,3% para os 355,88 pontos. A Royal Philips desvalorizou 2,85% para os 19,44 euros, depois da empresa ter anunciado que os resultados líquidos desceram 79% no primeiro trimestre, mais que o antecipado pelos analistas. A queda também se estendeu à banca e ao retalho, com o ING a cair 3,76% e a Ahold a desvalorizar 3,21%.

Na praça de Paris também foram as tecnológicas que conduziram o CAC 40 a uma queda de 2,05% para os 3.949,59 pontos. Os 40 títulos do índice também fecharam todos em queda, 17 deles a recuar mais de 2%, com a Alcatel desvalorizar 2,35% e Thomson a descer 2,76%.

Em Madrid, o IBEX 35, também com todos os membros em queda, baixou 1,41% para os 9,025,80 pontos. A construtora Acciona cedeu 3,16%, a companhia de media Prisa baixou 3,18% e a companhia aérea Ibéria desceu 3,16%.

O DAX de Frankfurt deslizou 2,55% para os 4.202,20 pontos, com os 30 títulos em queda. As companhias mais afectadas com a evolução da economia foram as mais penalizadas, com a operadora turística TUI a cair 4,29%, a eléctrica RWE a ceder 3,83% e a produtora de automóveis VW a baixar 3,34%.

Com esta queda o índice alemão regista já uma perda acumulada de 1,26% este ano, sendo que os outros principais índices europeus estão também já quase a anular os ganhos obtidos nos primeiros meses do ano.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio