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Tempestade Isaac conduz preços do petróleo a ganhos de 1%

A tempestade reduziu a produção petrolífera no Golfo do México, o que está impulsionar a matéria-prima. Incêndio em refinaria da Venezuela também puxa pelos preços.

27 de Agosto de 2012 às 07:59
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A tempestade tropical Isaac está a afectar a produção de petróleo no Golfo do México. As preocupações em torno da oferta da matéria-prima estão a levar os preços do petróleo a uma subida de 1%.

Os contratos futuros de West Texas Intermediate, negociados em Nova Iorque, estão a avançar 0,98% para serem transaccionados nos 97,09 dólares por barril. O crude recupera das duas quedas que verificou no final da semana passada.

Já os contratos de Brent, transaccionados em Londres, seguem a ganhar 1% para os 114,73 dólares por barril, deste modo recuperando da descida superior a 1% da última sexta-feira.

Os preços da matéria-prima têm estado em alta ao acompanharem o “rally” de Verão que o mercado accionista vive graças à expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) actue com eficácia para solucionar a crise da dívida na Zona Euro.

Contudo, a espera por esta actuação da autoridade monetária presidida por Mario Draghi tem já retirado alguma força a este processo, como se verificou no final da semana passada com a descida de 1% dos preços do petróleo. Ainda assim, os preços são ainda mais altos do que os que se praticavam antes desta escalada.

Os preços do "ouro negro" seguem, contudo, esta segunda-feira em terreno positivo, impulsionados pela Tempesate Isaac. O analista do mercado petrolífero Stephen Schork afirmou por e-mail à Associated Press que espera “uma muito mais elevada volatilidade esta semana” no mercado devido à tempestade tropical. Jonathan Barratt, CEO de uma empresa ligada ao mercado de petróleo, confirmou à agência Bloomberg que há um prémio nos preços do petróleo relacionado, precisamente, com o estado do tempo.

No caso de Stephen Schork, as preocupações apontam, segundo cita a Associated Press, para a possibilidade de o Isaac repetir os estragos dos furacões Katrina, em 2005, ou do Gustavo, três anos depois. Os estragos que podem causar nas infra-estruturas petrolíferas, afectando a oferta, alimentam os receios.

Segundo a Bloomberg, 24% da produção petrolífera feita no Golfo do México já está paralisada devido à tempestade. A agência falou com várias empresas que confirmaram que vão evacuar o pessoal agora que a tempestade se aproxima das suas instalações. De acordo com a agência, esta região é responsável por 23% da produção norte-americana de petróleo.

A acrescentar a este facto está uma explosão de gás e posterior incêndio na refinaria de Amuay, na Venezuela, que também dinamiza os preços da matéria-prima.

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