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Serviços do Estado disparam compra de dívida pública para 24 mil milhões no final de 2024
No final de cada ano, as entidades do setor público administrativo e as empresas públicas aplicam os seus excedentes de tesouraria na subscrição de Certificados Especiais de Dívida Pública de Curto Prazo (CEDIC), instrumentos de dívida pública, com maturidade máxima de um ano.
Apesar de ser uma prática criticada pelo atual ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, quando estava na oposição, no final de 2024 os serviços do Estado voltaram a apostar em força na compra de dívida pública, avança esta terça-feira o Público. Nos últimos dias de dezembro, as entidades do setor público administrativo e as empresas públicas aplicaram os seus excedentes de tesouraria na subscrição de Certificados Especiais de Dívida Pública de Curto Prazo (CEDIC), instrumentos de dívida pública, com maturidade máxima de um ano
De acordo com os dados publicados no boletim mensal do IGCP - Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, o volume total de subscrições disparou de 8.240 milhões de euros no final de novembro para 24.059 milhões de euros no final de dezembro, um salto de 15.819 milhões, o segundo maior alguma vez registado.
Em 2021, o ano em que se iniciou esta prática, o saldo dos CEDIC saltou de 8.312 milhões de euros em novembro para 17.523 milhões em dezembro, tendo voltado depois a cair no final de janeiro de 2022 para 8.339 milhões de euros. No final desse ano, o saldo destes instrumentos que ajudam a reduzir a dívida pública subiu aos 20.796 milhões, disparando um ano depois, em, dezembro de 2023 para 29.307 milhões de euros.