Notícia
Reguladores divididos sobre proibição das vendas a descoberto
Não há consenso entre os reguladores europeus sobre se a proibição imposta unilateralmente pela Alemanha na semana passada à negociação do "naked short selling" deve ser alargada ao resto da Europa.
26 de Maio de 2010 às 15:26
Não há consenso entre os reguladores europeus sobre se a proibição imposta unilateralmente pela Alemanha na semana passada à negociação do “naked short selling” deve ser alargada ao resto da Europa.
“Não estou certo que haja uma clara maioria a favor da abordagem alemã", afirmou ontem aos jornalistas Eddy Wymeersch, president do Comité dos Reguladores Europeus dos mercados financeiros (CESR, na sigla inglesa). Numa conferência telefónica, acrescentou que a questão “não é uma carta fora do baralho, mas não está em cima da mesa”.
Segundo a Reuters, o Reino Unido, a França e Espanha não estão inclinados a seguir a proibição do “naked short selling” implementada pela Alemanha. O regulador alemão surpreendeu na semana passada os seus pares europeus ao decidir proibir o “naked short selling” nos seguros de risco de incumprimento da dívida (CDS) ligados aos títulos de dívida pública, alargando a medida às acções. O objectivo era acalmar os mercados, mas teve o efeito inverso, gerando perdas avultadas nas praças financeiras de todo o mundo.
O “short selling” é a aposta na queda de um valor mobiliário, seja ele uma acção ou outro derivado financeiro. O “naked short selling” distingue-se pelo facto do investidor apostar na queda do título sem o ter em carteira. É a denominada venda a descoberto, muito usada pelos especuladores e que acaba muitas vezes por amplificar artificialmente as quedas dos valores mobiliários envolvidos.
O CESR está também a apelar à Comissão Europeia o reforço dos poderes dos supervisors para que possam tomar medidas de emergência, como banir certo tipo de negociação em períodos de maior tensão dos mercados, explicou Wymeersch. O responsável esclareceu que essas medidas seriam tomadas de forma coordenada.
“Não estou certo que haja uma clara maioria a favor da abordagem alemã", afirmou ontem aos jornalistas Eddy Wymeersch, president do Comité dos Reguladores Europeus dos mercados financeiros (CESR, na sigla inglesa). Numa conferência telefónica, acrescentou que a questão “não é uma carta fora do baralho, mas não está em cima da mesa”.
O “short selling” é a aposta na queda de um valor mobiliário, seja ele uma acção ou outro derivado financeiro. O “naked short selling” distingue-se pelo facto do investidor apostar na queda do título sem o ter em carteira. É a denominada venda a descoberto, muito usada pelos especuladores e que acaba muitas vezes por amplificar artificialmente as quedas dos valores mobiliários envolvidos.
O CESR está também a apelar à Comissão Europeia o reforço dos poderes dos supervisors para que possam tomar medidas de emergência, como banir certo tipo de negociação em períodos de maior tensão dos mercados, explicou Wymeersch. O responsável esclareceu que essas medidas seriam tomadas de forma coordenada.