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PT e Brisa pressionam Euronext Lisbon; EDP e ParaRede valorizam (act)

A Euronext Lisbon terminou a cair, pela primeira vez em seis sessões, pressionado pelas desvalorizações da Brisa e da Portugal Telecom, com os investidores a penalizarem as empresas depois de conhecidos os resultados de 2003. A EDP impediu uma maior queda

05 de Março de 2004 às 17:13
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A Euronext Lisbon terminou a cair, pela primeira vez em seis sessões, pressionado pelas desvalorizações da Brisa e da Portugal Telecom, com os investidores a penalizarem as empresas depois de conhecidos os resultados de 2003. A EDP impediu uma maior queda no índice e a ParaRede cresceu 7,14%.

O PSI-20 terminou a sessão nos 7.815,79 pontos, com cinco empresas a subir, 11 a descer e quatro inalteradas. Entre os títulos do índice mais seis fixaram novos máximos de, pelo menos, 12 meses.

Nos mercados internacionais o dia também foi de quedas, com os investidores decepcionados com os números do desemprego nos Estados Unidos, com a criação de postos de trabalho a ficar longe do aguardado pelos analistas. Os principais índices europeus mercaram perdas em redor de 0,5%.

A Portugal Telecom [PTC] foi quem mais pressionou o índice, com uma desvalorização de 1,7% para os 9,24 euros. Depois de ter ontem encerrado sem variação, em reacção aos resultados de 2003, a empresa corrigiu hoje os ganhos das sessões anteriores, que levou a empresa de telecomunicações a fixar um máximo desde Abril de 2002.

O Caixa Banco de Investimento (Caixa BI) reduziu a recomendação da Portugal Telecom, de «outperform» para «perform», pois o actual preço-alvo de 9,5 euros oferece um fraco potencial de valorização.

Mas a maior queda do índice pertenceu à Brisa [BRISA], que deslizou 2,71% para os 5,74 euros, depois de ter apresentado resultados que ficaram na parte inferior das estimativas dos analistas.

Ainda a pressionar o índice e a corrigir dos ganhos recentes, a Portucel [PTCL] caiu 1,22% para os 1,62 euros, a Sonae SGPS desvalorizou 0,94% até aos 1,05 euros e a PT Multimédia depreciou 0,36% para os 19,23 euros.

No lado dos ganhos destacou-se a ParaRede [PARA], com uma subida de 7,14% para os 0,45 euros, aliviando de um ganho máximo superior a 9% para os 0,46 euros. A empresa – que negociou mais de 226 milhões de títulos (ou mais de 10% do capital) - tem uma resistência nos 0,50 euros e os operadores atribuem esta subida a especulações e motivos técnicos.

Mas quem mais impulsionou o índice foi a Electricidade de Portugal [EDP], que depois da queda de ontem retomou o movimento ascendente e fixou um novo máximo de 23 meses nos 2,43 euros.

A eléctrica valorizou 2,55% para os 2,41 euros, com operadores citados pela agência Reuters a explicar esta performance com rumores de que receberá mais de dois mil milhões de euros em Custos de Manutenção de Equilíbrio Contratual (CMEC) pelo fim dos Power Purchase Agreements (PPAs).

«Há rumores de que a questão dos CMECs está praticamente resolvida, que terão um valor superior a 2 mil milhões de euros e que pode ir até aos 2,5 mil milhões de euros, o que vai continuar a pressionar em alta as acções», disse um operador, à mesma fonte.

A Gescartão [CGT] cresceu 0,57% para os 8,81 euros e chegou a atingir uma valorização máxima superior a 6%, fixando um novo máximo histórico nos 9,30 euros. A Europac reforçou a sua posição directa no capital da empresa para 5,75%.

Os três bancos listados no PSI-20 fecharam com a mesma cotação de quinta-feira.

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