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Preços das casas arrancam ano com subida de 12%
Os preços das casas aumentaram no arranque de 2018. E o total de casas vendidas cresceu quase 16% face ao trimestre homólogo.
Há 18 trimestres consecutivos que os preços das casas estão a aumentar e há cinco que este crescimento está a acelerar. Depois de uma subida homóloga de 10,5% no final de 2017, o índice de preços cresceu 12,2%, entre Janeiro e Março, o maior crescimento desde que há registo. Atingiu os 125,28 pontos, o valor mais elevado desde que estes dados começaram a ser recolhidos em 2009.
"Neste período, os preços das habitações existentes aumentaram 13,0%, a taxa de variação mais elevada da série. Nas habitações novas, o aumento atingiu os 9,7%, mais 3,8 pontos percentuais face ao registado no último trimestre de 2017", revela o INE.
Avaliando a evolução face ao trimestre anterior, o último de 2017, os preços aumentaram 3,7%. Nas casas usadas cresceram 3,6%, enquanto nas casas novas aumentaram 4,4%. Ou seja, ao contrário do que aconteceu na variação homóloga, os preços das casas novas aumentaram mais.
O INE adianta ainda que, nos primeiros três meses de 2018, foram vendidas 40.716 casas, mais 15,7% que no mesmo período de 2017 e menos 4,1% do que no último trimestre de 2017. Esta foi mesmo a primeira descida desde o terceiro trimestre de 2016. Do total de casas vendidas, 34.822 (ou 85,5% do total) foram casas usadas e 5.894 (ou 14,5% do total) eram casas novas.
O valor destas vendas ascendeu a 5,42 mil milhões de euros. Aumentou 25,7% relativamente ao primeiro trimestre de 2017 mas caiu 2,8% face ao quarto trimestre. "Neste período, as vendas de habitações existentes ultrapassaram os 4,4 mil milhões de euros (81% do total), enquanto as habitações novas totalizaram mil milhões de euros", acrescenta o INE.
Numa análise por regiões, a Área Metropolitana de Lisboa e a região Norte concentraram 65% das vendas de casa, a percentagem mais elevada dos últimos dois anos. Quanto ao valor destas transacções, as mesmas duas regiões representaram 71,8% do total, a maior percentagem desde que há registo.
"No primeiro trimestre de 2018, a Área Metropolitana de Lisboa, seguida do Algarve e do Norte registaram os maiores aumentos homólogos do número de vendas de habitações (17,5%, 16,3% e 16,2%, respectivamente)", refere o INE que acrescenta que a Região Autónoma dos Açores foi a única a apresentar uma redução (-4,9%).
Em termos de valor, apenas o Algarve (34,0%) e o Norte (29,9%) registaram taxas de crescimento superiores à média do país (25,7%).
(Notícia actualizada às 11:40)