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Ao minuto23.12.2024

Maioria da Europa fecha no vermelho. Novo Nordisk recupera parte das perdas 

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta segunda-feira.

Richard Drew/AP
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23.12.2024

Maioria da Europa fecha no vermelho. Novo Nordisk recupera parte das perdas 

Os principais índices europeus fecharam a sessão com a grande maioria a registar perdas, enquanto os investidores pesam os potenciais impactos para o Velho Continente de uma flexibilização monetária mais cautelosa do lado de lá do Atlântico, por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.  

Durante o dia de hoje, a Novo Nordisk - empresa mais valiosa da Europa - voltou aos ganhos, depois de a produtora de medicamentos nórdica ter chegado a afundar quase 30% na passada sexta-feira, devido aos resultados dececionantes dos testes do seu último medicamento para perda de peso, o CagriSema. 

O índice Stoxx 600 - de referência para o Velho Continente – avançou 0,14%, para os 502,91 pontos. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX desvalorizou 0,18%, o holandês AEX registou perdas de 0,37%, o francês CAC-40 deslizou 0,03%, o espanhol IBEX 35 perdeu 0,28% e o italiano FTSEMIB resvalou 0,08%. A contrariar as perdas esteve o português PSI, que pulou 0,46%. 

Entre os setores, a saúde teve um desempenho superior, ao subir 1,41%, impulsionado pela recuperação da Novo Nordisk. A empresa dinamarquesa avançou mais de 5% e recuperou parte das perdas de sexta-feira. A queda no final da semana passada chegou a ter um impacto negativo no valor da empresa em bolsa de cerca de 120 mil milhões de euros. 

Por outro lado, o setor das viagens e do lazer caiu mais de 2%. A pressionar esteve a queda superior a 10% da Evolution AB - empresa de produção de software para casas de apostas online –, depois de a Comissão de Jogos do Reino Unido ter iniciado uma análise das operações da empresa em Malta.   

Quanto outros movimentos de mercado, a seguradora britânica Direct Line Insurance Group valorizou mais de 4% depois de a também britânica Aviva ter concordado em comprar a empresa, num negócio que avalia a seguradora em cerca de 3,7 mil milhões de libras (4,5 mil milhões de euros ao câmbio atual). A Aviva, por sua vez, avançou 0,52%. 

23.12.2024

Juros das dívidas soberanas agravam-se em dia negativo para as bolsas europeias

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se em toda a linha esta segunda-feira, num dia em que também a maioria dos índices europeus se pintaram de vermelho.  

As "yields" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos avançaram 4 pontos base, para 2,792%, enquanto em Espanha os juros da dívida com o mesmo vencimento subiram 4,5 pontos, para 3,015%. 
 
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresceu 5,9 pontos base, para 3,134%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravaram-se em 3,7 pontos, para 2,317%. 
 
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, subiram 3,7 pontos base para 4,544%. 

23.12.2024

Dólar sobe com dados da inflação. Euro e libra perdem

O dólar continua a avançar, depois de dados de novembro do índice de despesas de consumo dos particulares (PCE) - divulgados no final da semana passada -, excluindo energia e alimentos, ter aumentado 0,1% face ao mês anterior e 2,8% em termos homólogos. Esta variação em cadeia é a menor desde maio. 

Os dados aliviaram algumas preocupações quanto ao ritmo dos cortes nas taxas diretoras por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana no próximo ano, situação que está a impulsionar os ganhos da divisa norte-americana. 

O Índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da "nota verde" face às principais rivais – sobe 0,57% para os 108,232 pontos. 

Face ao iene, o dólar ganha 0,57%, para os 157,200 ienes. 

Por cá, o euro desliza 0,35%, para os 1,039 dólares. Já a libra recua 0,42%, para os 1,252 dólares. 

23.12.2024

Petróleo cai com avanço do dólar e ameaças ao controlo do Canal do Panamá

Os preços do petróleo registam ligeiras quedas, enquanto o dólar segue a ganhar força e os "traders" pesam as declarações feita pelo futuro presidente dos EUA, Donald Trump, que ameaçou reinstituir o controlo norte-americano do Canal do Panamá

O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – recua 0,72% para os 68,96 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,89% para os 72,29 dólares por barril. 

Trump afirmou que o Canal do Panamá - através do qual circula cerca de 2% do abastecimento global de petróleo - está a cobrar taxas "exorbitantes". A afirmação foi posteriormente refutada pelo presidente do Panamá, José Raúl Molino.  

"Cada metro quadrado do Canal do Panamá e da área adjacente pertence ao Panamá e continuará a sê-lo", visto que "a soberania e a independência" do país "não são negociáveis", disse Mulino.  

Também a China se juntou à discussão e assegurou esta segunda-feira que o canal "é uma grande criação do povo panamiano". A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, acrescentou que o país asiático "sempre respeitou a justa luta do povo panamiano pela soberania" sobre a via de transporte de mercadorias. 

Na Europa, o funcionamento do gasoduto Druzhba - que transporta petróleo russo e cazaque para a Hungria, Eslováquia, República Checa e Alemanha - foi retomado depois de ter parado na quinta-feira devido a problemas técnicos numa estação de bombagem russa.  

A situação surge depois de Donald Trump ter avançado com um ultimato contra a União Europeia, na qual instou o bloco a aumentar as importações de petróleo e gás dos EUA ou enfrentar tarifas sobre as exportações. 

A pesar sobre os preços do "ouro negro" está também o avanço do dólar depois de ter sido evitada a paralisação do governo dos EUA, o que atenuou a atração pelas matérias-primas. 

23.12.2024

Ouro perde com ganhos do dólar e política monetária da Fed 

O ouro segue a perder terreno esta segunda-feira, pressionado por um dólar robusto e os elevados rendimentos do Tesouro dos EUA, enquanto os investidores aguardam por sinais mais claros sobre o rumo a seguir quanto à política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana para 2025. 

O metal amarelo segue a perder 0,40%, para os 2.612,44 dólares por onça.  

"O mercado continua a digerir os resultados da reunião do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) da semana passada. Uma trajetória de cortes reduzidos para 2025 está agora em cima da mesa, [assim como] uma provável pausa [nos cortes] em janeiro, talvez março também", disse à Reuters Peter Grant, vice-presidente da Zaner Metals. 

Apesar do corte de 25 pontos-base da Fed na semana passada, o sinal de menos reduções em 2025 levou o metal amarelo a atingir os níveis mais baixos desde meados de novembro. Um maior corte costuma impulsionar os preços do ouro, que não paga juros. 

O metal amarelo superou vários máximos históricos este ano, com uma valorização de 27% até agora. Isto marca o melhor desempenho anual do ouro desde 2010, impulsionado por compras robustas dos bancos centrais, tensões geopolíticas e flexibilização da política monetária pelos principais decisores de política monetária. 

"O próximo grande impacto é a chegada de Trump à presidência (...). Isto tem o potencial de aumentar a volatilidade do mercado e de ser um fator de alta para os preços do ouro", afirmou Michael Langford, diretor de investimentos da Scorpion Minerals, à Reuters.  

Donald Trump toma posse a 20 de janeiro. O ouro, considerado um ativo refúgio, tem normalmente um bom desempenho durante épocas de incerteza económica e geopolítica. 

23.12.2024

Wall Street procura rumo em semana de negociação reduzida

Wall Street abriu a sessão desta segunda-feira dividida, com o Dow Jones a registar perdas e o S&P 500 praticamente inalterado. Os investidores continuam a "digerir" o mais recente corte nas taxas diretoras por parte da Reserva federal (Fed) norte-americana, que optou por uma abordagem de flexibilização monetária mais cautelosa na reunião da semana passada e última de 2025.  

O S&P 500 avança 0,05% para os 5.933,83 pontos, enquanto o Nasdaq Composite sobe 0,39% para 19.648,20 pontos. Já o Dow Jones perde 0,30% para 42.690,15 pontos. 

Depois de uma semana marcada pela volatilidade, a Câmara dos Representantes e o Senado aprovaram uma legislação provisória no sábado que evitou o encerramento do governo.  

Foram aprovados mais de 100 mil milhões de dólares em ajudas a catástrofes naturais e à agricultura, tendo também sido garantido o financiamento do governo norte-americano até meados de março de 2025.  

"O facto de se ter evitado o encerramento do governo dos EUA durante o fim de semana também ajudou a aliviar alguma da pressão negativa sobre as ações", referiu à Bloomberg Daniela Hathorn, analista de mercado sénior da Capital.com. 

Sobre o caminho futuro de flexibilização monetária, a Fed previu apenas duas reduções das taxas de juro em 25 pontos base para 2025 e aumentou as suas perspetivas quanto à inflação em termos homólogos, um sinal de que a maior economia do mundo estava de boa saúde. 

"A reunião [da Fed] da semana passada reforçou a nossa visão de que uma pausa [nos cortes] na reunião de janeiro poderia transformar-se numa pausa prolongada em 2025", disseram os economistas do Deutsche Bank numa nota enviada à Reuters. 

Os mercados monetários esperam agora cerca de duas reduções de 25 pontos base em 2025, o que levaria a taxa de referência para um intervalo de 3,75% a 4,0%. 

Entre os movimentos de mercado, destaca-se a Qualcomm, que segue a ganhar 2,27% depois de um júri ter considerado que os processadores centrais da produtora de "chips" estão devidamente licenciados ao abrigo de um acordo com a Arm Holdings, sediada no Reino Unido.  

Entre as "big tech", a Nvidia pula 2,05%, a Apple ganha 0,28%, a Meta valoriza 1,45% e a Alphabet sobe 0,26%. Já a Microsoft e a Amazon mantêm-se praticamente inalteradas. 

Durante esta semana, os principais índices norte-americanos irão encerrar mais cedo na terça-feira e fechar para o Natal na quarta-feira. 

Os mercados estão a entrar num período historicamente forte. Desde 1969, os últimos cinco dias de negociação do ano, combinados com os dois primeiros do ano seguinte, produziram um ganho médio de 1,3% no S&P 500. Este período é conhecido como o "Santa Claus Rally", de acordo com o Stock Trader's Almanac, citado pela Reuters. 

23.12.2024

Europa mista em arranque da semana do Natal. Novo Nordisk dispara mais de 9%

As bolsas europeias negoceiam de forma mista esta manhã, depois de terem registado a pior semana desde setembro e numa altura em que se preparam para uma semana mais curta devido à época festiva.

A esta hora, o "benchmark" para a negociação europeia, Stoxx 600, avança 0,33% para 503,83 pontos, apesar de quase todas as principais bolsas negociarem no vermelho: Madrid cai 0,16%, Frankfurt recua 0,7%, Paris desce 0,16%, Amesterdão desvaloriza 0,45% e Milão perde 0,04%. Só Lisboa e Londres ganham, 0,43% e 0,11%, respetivamente. 

O grande destaque vai para a fabricante farmacêutica Novo Nordisk, que recupera do tombo registado na semana passada, após resultados abaixo do esperado nos testes clínicos do seu novo medicamento para a perda de peso, o CagriSema. As ações da farmacêutica já valorizam acima de 9% na sessão de hoje.

Os setores de viagens e lazer e automóvel são os mais penalizados, ambos acima de 1%, o primeiro pressionado pelo mau desempenho da Evolution AB, que foi castigada pelo anúncio das autoridades reguladoras de jogo do Reino Unido de que vão reavaliar as operações em Malta.

O Stoxx 600 deverá fechar o mês com perdas, contrariando a tendência positiva que o mês de dezembro registou nas últimas três décadas. O mercado europeu mostra-se, assim, preocupado com o rumo das taxas de juro nos EUA e com a possibilidade de Donald Trump impor pesadas tarifas às importações de vários países, incluindo europeus.

O resto da semana deverá ser de movimentações ligeiras, com as bolsas encerradas nos dias 25 e 26.

23.12.2024

Juros continuam a agravar-se na Zona Euro

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se no arranque de uma semana que se espera a meio gás devido á época festiva

As "yields" das "Bunds" alemãs, de referência para a região e com maturidade a dez anos, ganham 3,6 pontos base para 2,317%, enquanto os juros da dívida francesa crescem 4,6 pontos base para 3,120%.

Por cá, a "yield" da dívida portuguesa a dez anos agrava-se em 4,0 pontos base para 2,792%. No país vizinho, os juros da dívida espanhola registam uma subida de 4,2 pontos base até aos 3,012%, enquanto as "yields" das obrigações italianas avançam 3,9 pontos para 3,481%. 

É fora do bloco europeu que se regista o maior agravamento, com os juros da dívida britânica a avançarem 5,0 pontos base para 4,557%. 

23.12.2024

Novos dados da inflação dão força ao dólar

O dólar valoriza ligeiramente esta segunda-feira, depois de o índice de preços de gastos com consumo (PCE) - o indicador preferido da Reserva Federal (Fed) dos EUA para medir a inflação - ter registado uma subida modesta, abaixo do esperado. Este dado vem dar mais confiança ao mercado sobre o ritmo dos futuros cortes das taxas de juro.

A esta hora o dólar avança 0,17% contra a moeda europeia, para 0,9604 euros. A moeda americana valoriza ainda contra o iéne e o franco suiço.

Os dados do PCE "deram ao mercado uma boa desculpa para beneficiar" do recente rally do dólar, mas isso não muda as perspetivas da Fed para o próximo ano, disse à Bloomberg o analista da AT Global Markets Nick Twidale."Continuo a achar que há bons motivos para continuar a comprar dólares até ao início do ano", afirmou.

Os investidores estão também mais otimistas, depois de Joe Biden ter conseguido evitar mais um "shutdown" do Governo, no sábado. 

23.12.2024

Ouro em alta após PCE encorajador

O ouro valoriza, depois de o indicador preferido da Reserva Federal (Fed) norte-americana para medir a inflação - o índice de preços de gastos com consumo (PCE) - ter ficado abaixo das expectativas. O mercado ainda avalia também a postura cautelosa da Fed no que toca à política monetária para 2025.

A esta hora, o metal precioso avança 0,44% para 2.526,45 dólares por onça.

Em novembro, o PCE aumentou 2,4% em termos homólogos, um valor que ficou abaixo do estimado de 2,5% - um dado que pode encorajar os cortes de juros no próximo ano.

Taxas de juro mais baixas tendem a ser positivas para o ouro, já que este não remunera juros.



23.12.2024

Petróleo valoriza com ameaças de Trump sobre Canal do Panamá

O petróleo segue a valorizar, após ter registado uma queda na semana passada, depois de Donald Trump ter ameaçado que os EUA poderão vir a tomar controlo do Canal do Panamá.

O Presidente eleito norte-americano acusou o Panamá de cobrar taxas excessivas pelo uso do Canal e disse que, se o país não administrasse o canal de forma aceitável, exigiria que o aliado americano o entregasse.

A esta hora, o Brent, referência para a Europa, avança 0,44%, para 73,26 dólares por barril, enquanto nos Estados Unidos, o contrato de janeiro do West Texas Intermediate (WTI) ganha 0,59% para 69,87 dólares. 

Cerca de 2% do petróleo mundial passa pelo Canal do Panamá. O país já rejeitou as acusações de Trump de que está a cobrar taxas "exorbitantes" para a sua travessia.

As críticas ao Panamá acontecem depois de Trump ter também ameaçado a União Europeia com pesadas tarifas caso o bloco não compre mais petróleo e gás natural aos EUA.

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