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Petróleo trava ganhos com risco de "desastre" nuclear no Japão

Os preços do crude estão a ceder parte dos ganhos, depois da advertência do comissário europeu da Energia em relação ao perigo nuclear no Japão.

16 de Março de 2011 às 18:15
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O "ouro negro", que estava a ser impulsionado pelos receios de perturbação da oferta, na sequência do adensar dos conflitos na Líbia e no Bahrein e dos receios de que o clima de tensão chegue à Arábia Saudita, está agora a subir menos.

A contribuir para o alívio nos ganhos está o facto de o comissário europeu da Energia, Guenther Oettinger, ter dito que a central nuclear nipónica de Fukushima poderá provocar um "grande desastre" no terceiro maior consumidor de crude do mundo.

Os futuros recuaram mais de um dólar depois de Oettinger ter declarado, perante uma comissão do Parlamento Europeu, que "a central está, efectivamente, fora de controlo".

"Foi um golpe para o mercado ouvir um responsável tão importante e creditado descrever a situação no Japão como estando 'fora de controlo'", comentou à Bloomberg um respostável do "hedge fund" da área energética Again Capital, John Kilduff.

No entanto, o Comissário Europeu já veio admitir que parte das suas declarações basearam-se em notícias dos "media". Neste momento, há muita informação contraditória e não é possível ter a certeza da verdadeira situação na central nuclear de Fukushima.

O contrato de Abril do West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a ganhar 0,78% no mercado de Nova Iorque, para 97,94 dólares por barril, quando antes do anúncio sobre o volume dos inventários estava a negociar nos 99,60 dólares.

Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude de referência para a Europa, está a valorizar 1,97% para 110,66 dólares, contra uma subida superior antes da divulgação dos dados sobre as reservas.

De acordo com a informação divulgada hoje pelo Departamento norte-americano da Energia (DoE), os "stocks" de crude aumentaram em 1,745 milhões de barris na semana passada, quando os analistas inquiridos pela Bloomberg apontavam para um acréscimo médio de 1,3 milhões de barris.

Em contrapartida, os inventários de gasolina desceram em 4,17 milhões de barris no mesmo período, quando a previsão era de uma queda de 1,5 milhões de barris.

Quanto aos "stocks" de produtos destilados – que incluem gasóleo e combustível para aquecimento – registaram um decréscimo de 243 mil barris na semana passada, contra a projecção de que diminuíssem 1,4 milhões de barris face à semana precedente.
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