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Os sinais de alerta na inflação em cinco gráficos

A expectativa de uma forte recuperação da economia, com impacto na descida do desemprego e, logo, no poder de compra, associada a níveis de liquidez inéditos tem motivado preocupações em torno de uma subida da inflação. Ainda que indicadores como os preços na produção ou a massa monetária mostrem uma forte evolução, as previsões continuam a apontar para uma inflação controlada.

Recuperação da crise robusta

Recuperação da crise robusta

As estimativas de crescimento para a economia global têm vindo a melhorar. Segundo o FMI, que atualizou as suas previsões este mês, a economia global deverá crescer 6%, suportada pelos EUA (6,4%), após um ano de pandemia. Já Portugal deverá registar um crescimento de 3,9%. A OCDE tem estimativas mais conservadoras, mas igualmente otimistas: vê o PIB mundial a subir 5,5%, em 2021.

Inflação a duas velocidades

Inflação a duas velocidades

Depois de vários anos com a taxa de inflação abaixo do objetivo dos bancos centrais, este cenário está prestes a alterar-se, pelo menos nos Estados Unidos. Com a economia do país em velocidade cruzeiro, apoiada em estímulos orçamentais e monetários, o país deverá chegar ao final do ano com uma inflação acima de 2%. Já na Europa, o índice de preços vai continuar longe dessa meta.

Preços no produtor em tendência ascendente

Preços no produtor em tendência ascendente

A evolução do índice de preços no produtor é um dos indicadores usados para medir o pulso à inflação. E, depois da contração registada em 2020, este índice mostra uma recuperação acentuada em 2021, quer na Zona Euro, quer nos Estados Unidos. Segundo os especialistas, é um dos indicadores a acompanhar.

Taxa de desemprego continua elevada, mas já dá sinais de inversão

Taxa de desemprego continua elevada, mas já dá sinais de inversão

A taxa de desemprego é uma das variáveis mais importantes para o consumo. À medida que a economia conseguir gerar mais postos de trabalho e as pessoas recuperarem rendimentos, haverá maior confiança dos consumidores. No final de março, a taxa de desemprego nos EUA era de 6%. Em 2020, chegou a superar 13%.

Liquidez em recorde

Liquidez em recorde

O nível de liquidez nos mercados continua em valores recorde. Quer nos EUA, quer na Europa, os índices de massa monetária mantêm a tendência de subida.

25 de Abril de 2021 às 10:00
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Maior crescimento, pacotes de estímulos monetários e orçamentais de biliões e planos de vacinação contra a covid-19 em velocidade cruzeiro. São estes os ingredientes que estão na origem das pressões inflacionistas que nos últimos meses têm deixado os investidores mundiais em alerta. Os especialistas partilham parte desta preocupação, mas afastam um cenário de subida descontrolada.

Depois de um ano de contração histórica na economia global, devido ao choque provocado pela pandemia, 2021 deverá ser um ano de forte crescimento, suportado nos programas de ajuda inéditos anunciados na resposta à crise. Estes apoios, ajudados pela vacinação – espera-se que seja alcançada a imunidade de grupo antes do fim do verão –, deverão permitir avançar com o desconfinamento e com a materialização da retoma. Segundo as previsões de grandes organizações, como a OCDE e o FMI, a economia global deverá crescer entre 5,5% e 6% este ano.

No caso da Europa, as previsões dão conta de taxas de crescimento acima de 4%, enquanto no dos EUA se espera que recuperem mais de 6% em 2021. Também a inflação vai descolar dos níveis deprimidos em que se situou em 2020. Além da recuperação já visível nos dados mais recentes [inflação acelerou para 2,6% em março, nos Estados Unidos, e para 1,2%, na Zona Euro], indicadores como a evolução do índice de preços no produtor, a massa monetária – o indicador que mostra o dinheiro disponível no mercado – ou o consumo dão conta da materialização das pressões inflacionistas.

Estas tensões têm determinado um movimento de subida das taxas das obrigações dos dois lados do Atlântico, perante os receios de que a subida da inflação para valores acima das metas dos bancos centrais force as autoridades a retirar estímulos mais cedo e a subir juros, para conter os preços. Mas não é isso que dizem as autoridades, que têm reiterado que os apoios são para manter.

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