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"Os nossos países falam a uma voz". Scholz e Montenegro alinhados na união do mercado de capitais
Durante a visita de Montenegro à Alemanha, Olaf Scholz, sublinhou a importância da união do mercado de capitais para a economia europeia. O primeiro-ministro português falou de um "desígnio" partilhado que pode dar à Europa as oportunidades que os Europeus procuram".
"Temos que ultrapassar esta fragmentação nos mercados de capitais, precisamos de afastar barreiras burocráticas e acelerar alguns processos na União Europeia", disse Olaf Scholz, acrescentando que os diálogos com o primeiro-ministro português mostraram que "os nossos países falam a uma só voz em relação a isto e que se unirão para reforçar o potencial da Europa".
O chanceler alemão defendeu ainda que a Europa vai precisar de fazer progressos no que toca à modernização e industrialização e estar na linha a frente da modernização tecnológica, da inteligência artificial, computação "cloud", robótica, produtos sintéticos, biológicos. "Também é preciso garantir que a modernização da nossa economia é bem-sucedida", sublinhou. Para isso, "temos que envolver os privados e será a base do mercado de capitais que poderá garantir isso, com o apoio das empresas", explica.
O primeiro-ministro de Portugal aproveitou ainda para reforçar que ambos os países querem apoiar as pequenas e médias empresas que "muitas vezes lançadas numa concorrência desleal face a outras geografias, onde as oportunidades de crescimento são mais favoráveis".
Além disso, a reunião também serviu para marcar outro encontro no final do próximo ano ou início de 2025, num fórum com empresas alemãs. Segundo Montenegro, o evento juntará empresários alemães e tem como meta "aprofundar os investimentos que as empresas alemãs fazem em Portugal" e vice-versa.
A independência energética também esteve em cima da mesa, nomeadamente o aprofundamento das relações entre a Península Ibérica e o centro da Europa. "Este objetivo é crucial para cumprir dois grandes desígnios: termos uma energia mais verde e uma Europa menos dependente, com maior autonomia energética para poder enfrentar todos os desafios do crescimento e da competitividade económica", conclui Montenegro.
Atualizada às 13:58