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Obama não impede queda de 2% de Wall Street

Um dia depois de Obama anunciar um plano de revitalização do mercado laboral, as bolsas dos EUA encerraram em terreno negativo. A penalizar estiveram os receios de que a Grécia possa mesmo entrar em incumprimento.

09 de Setembro de 2011 às 21:50
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As bolsas norte-americanas desvalorizaram hoje mais de 2%. Obama apresentou ontem um plano de dinamização do mercado do trabalho, mas o anúncio foi insuficiente para compensar os receios de um incumprimento da Grécia.

O S&P 500 caiu 2,67% para 1.154,23 pontos, com 486 das 500 empresas a desvalorizar. O Dow Jones voltou a descer dos 11.000 pontos, ao fechar nos 10.992,13, com uma quebra de 2,67%. As 30 empresas cotadas no índice Dow Jones encerraram no negativo.

O tecnológico Nasdaq desvalorizou 2,42% para 2.467,99 pontos. Os três índices recuaram em cinco das últimas seis sessões.

As acções foram hoje penalizadas pela especulação de que a Grécia poderá entrar em incumprimento, mesmo apesar de o Ministério das Finanças do país ter rejeitado tal rumores.

Além disso, noticiou-se hoje que o Governo alemão está a preparar um plano para que as suas instituições financeiras estejam preparadas para a eventualidade de um incumprimento grego.

“Estamos perante a possibilidade de um ‘default’ grego. Os investidores estão a decidir que não querem assumir posições altistas durante o fim-de-semana. Muitas pessoas acreditam que a Alemanha vai tirar um coelho da cartola e solucionar a Grécia. Mas a Alemanha está a debater-se com os seus próprios problemas. Ela não pode ser o adoçante de toda a Europa”, comentou à Bloomberg o gestor Matt McCormick, da Bahl & Gaynor.

Este receio acabou por contrabalançar o anúncio de Barack Obama no dia de ontem. O presidente norte-americano apresentou um plano em que pretende reduzir para metade os impostos sobre os salários que são pagos pelos próprios trabalhadores e pelos proprietários de pequenas empresas.

Ao mesmo tempo, assinalou um programa de aumento das despesas públicas em 447 mil milhões de euros, como medida para impulsionar a economia.

A especulação de que este plano possa não obter a aprovação do Congresso acabou também por impedir que as bolsas deixassem do vermelho.

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