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Moeda com 800 anos pode valer 200 mil euros
Numisma, especializada casa de numismática, vai realizar mais um leilão no hotel Meridien, em Lisboa, no próximo dia 12 de Dezembro. Desta vez as estrelas são moedas de ouro.
A Numisma, especializada casa de numismática, vai realizar mais um leilão no hotel Meridien, em Lisboa, no próximo dia 12 de Dezembro. Desta vez as estrelas são moedas de ouro.
"Temos peças espectaculares mas destaco um Morabitino raríssimo do qual se conhecem poucos exemplares. Foi leiloado há 20 anos pela Sotheby`s, em Genebra", diz, orgulhoso Javier Salgado, gestor da Numisma, revelando que vai à praça por 150 mil euros mas "espero que alcance 200 mil euros, isto porque apenas se conhecem três exemplares, que estão em colecções particulares.
Não acredito que venham ao mercado. O seu destino deverá ser para fundações, logo esta será a única que poderá vir à praça", justifica.
Igualmente valiosa é uma moeda de quatro cruzados, cunhada no século XVI pelo rei D. Filipe II. Vale 90 mil euros. Segue-se um centavo de 1922, em bronze com um preço inicial de 80 mil euros. "Deverá sair por 90 mil ou 100 mil euros. Há três ano vendi um por 61 mil euros", revela. Javier Salgado está muito optimista com esta moeda, pois apenas se fizeram seis, além disso quem desejar completar uma colecção da República terá de ter este exemplar...
Entre as raridades destaca ainda um Gentil do tempo de D. Fernando I, um português da época de D. João III, e uma moeda de 500 reais, mandada cunhar por D. Henrique I. Do reinado de D. Pedro, Príncipe Regente, será leiloada, por 45 mil euros, uma moeda de 1674, e de D. João V vai à praça um Dobrão 1724 M por 15 mil euros. O gestor da Numisma destaca ainda um Marcelino, uma moeda de dez centavos classificada como da mais alta raridade.
"Uma autêntica chuva de moedas de ouro. Voltámos à época dos grandes leilões", remata, optimista na apresentação do seu mais recente livro Moedas de Ouro de Portugal do século V a XX, onde retrata todas as moedas portuguesas desde o tempo dos Suevos até à República. Uma forma de os coleccionadores ficarem a saber quanto vale a sua paixão pela numismática.