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JPMorgan prevê êxodo de 300 mil milhões das ações no final do ano
Grandes fundos como o Norges Bank ou o fundo de pensões japonês podem estar a preparar rotações de ativos que se deverão fazer sentir no final do ano.
O balanço de final ano das carteiras dos investidores pode levá-los a retirar 300 mil milhões de dólares das ações globais no final de 2020, estima o JPMorgan Chase.
Movimentos de rotação de ativos poderão levar grandes quantias do mercado de ações para o de obrigações, defendem os analistas do banco norte-americano numa nota publicada na passada sexta-feira. Grandes investidores que podem contribuir para grandes volumes de desinvestimento em ações incluem o Norges Bank, que gere o fundo soberano da noruega, ou o fundo de pensões japonês GPIF.
"Vemos alguma vulnerabilidade nos mercados acionistas no curto-prazo da parte de fundos mutualistas, um universo de 7 biliões de dólares, que terão de vender cerca de 160 mil milhões de dólares em ações globais para reverter para o seu objetivo de alocação 60:40, tanto no final de novembro como no final de dezembro, o mais tardar", escreveram os estrategistas.
Se os mercados acionistas continuarem o recente rally em dezembro, poderá ainda existir uns 150 mil milhões de dólares adicionais de venda de ações no fim do mês, já que os fundos de pensões tendem a reavaliar as carteiras a cada trimestre.