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JPMorgan: "Portugal continua a atrair os investidores institucionais-chave"

O responsável do JPMorgan para o Sul da Europa, Paul Mihailovitch, salientou que o PSI tem vindo a registar "um desempenho histórico robusto". No mercado obrigacionista a redução do "spread" da dívida soberana, tem impulsionado o número de emissões.

David Cabral Santos
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O JPMorgan Chase fez uma radiografia ao mercado de capitais português que revela que Portugal pode ser uma oportunidade para os investidores, tanto devido aos fatores macroeconómicos como devido ao funcionamento do seu mercado. Esta exposição foi apresentada perante uma plateia de investidores, durante o "Capital Markets Day", promovido pela bolsa de Lisboa e pela Associação de Emitentes.

"Portugal continua a atrair os investidores institucionais-chave", salientou Paul Mihailovitch, responsável pelo departamento para a Europa do Sul do JPMorgan. Na sua apresentação, o especialista constatou ainda que a principal montra da bolsa de Lisboa, o PSI, tem vindo a registar "um desempenho histórico robusto".

No que diz respeito à pequena liquidez da bolsa nacional, o banco de investimento deixa claro que "a reduzida liquidez é mais em termos absolutos do que relativos".

Já no mercado obrigacionista, "a questão é mais complexa", explicou Paul Mihailovitch. Neste segmento, o "head" do JPMorgan destacou na sua apresentação que "nos últimos anos, o ‘spread’ entre as obrigações soberanas de Portugal e outros países da União Europeia tem vindo a reduzir-se materialmente".

Atualmente, a "yield" da dívida da República a 10 anos já está abaixo do juro das obrigações espanholas com a mesma maturidade e o prémio de risco face à dívida alemã tem vindo a encolher.

Na dívida empresarial, "a redução dos ‘spreads’ trouxe condições mais atrativas para os emitentes portugueses, o que explica o aumento do volume de colocações [de obrigações] desde o início do ano", acrescentou Paul Mihailovitch.

Em suma, o banco de investimento acredita que as empresas portuguesas "beneficiam de um acesso constante e fiável aos mercados de capitais de dívida".

Além disso, o JPMorgan acredita que o cenário macroeconómico é favorável. Paul Mihailovitch destacou o facto de se esperar que "o PIB de Portugal cresça a um ritmo mais rápido que os pares europeus". A intervenção do "head" do JPMorgan foi proferida horas depois, de o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ter anunciado que o Governo espera que o PIB potencial cresça de perto de 2% para 3%.

Paul Mihailovitch destacou ainda a "disciplina orçamental de Portugal"  e o facto de a inflação estar "sob controlo e abaixo de outras economias europeias", assim como a baixa taxa de desemprego. Os mais recentes números revelam que taxa de inflação homóloga em Portugal terá desacelerado em junho para 2,8%, de acordo com a estimativa rápida avançada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

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