Itália poderá abrir novamente a discussão em torno do trabalho efectuado pelas agências de notação financeira. Isto porque, segundo o Financial Times, estará a preparar-se para processar duas das três principais agências de "rating": a S&P e a Fitch.

Os alvos de acusação são cinco colaboradores da S&P e um da Fitch que Itália considera terem provocado um "prejuízo injustificado" ao país pelas suas decisões relativas à notação da dívida do país em 2011 e 2012, revela a mesma fonte. No ano passado, o auditor do Estado italiano chegou a avançar que iriam exigir mais de 200 mil milhões de euros em indemnização pelos prejuízos, uma vez que a S&P não teve em conta a história e a arte de Itália quando cortou o "rating" do país.

As agências de "rating" negam as acusações de que são alvo. "Este caso é baseado num mal-entendido sobre o nosso papel que é suportar a transparência e liquidez dos mercados, ao proporcionar uma opinião independente sobre a solvabilidade, baseada nas nossas metodologias públicas e transparentes", afirmou a S&P, citada pelo Financial Times.

"Como temos dito ao longo do tempo, acreditamos que este caso não tem mérito e vamos continuar a defender-nos vigorosamente", afirmou a Fitch. "Estamos confiantes de que a Fitch e as nossas pessoas serão exoneradas enquanto o julgamento continuar", acrescentou a mesma fonte.