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Fundos de pensões nacionais com rentabilidade de 0,2%
Os fundos de pensões nacionais atingiram uma rentabilidade de 0,2% no segundo trimestre deste ano, de acordo com o relatório divulgado hoje pela consultora Watson Wyatt. O mercado accionista foi o principal responsável por este desempenho, ao passo que os
Os fundos de pensões nacionais atingiram uma rentabilidade de 0,2% no segundo trimestre deste ano, de acordo com o relatório divulgado hoje pela consultora Watson Wyatt. O mercado accionista foi o principal responsável por este desempenho, ao passo que os mercados obrigacionistas pressionaram as carteiras.
Uma das conclusões do estudo, que advém do facto de a rentabilidade média ponderada ter sido de 0,7%, é que os fundos de pensões com carteiras de maior dimensão conseguem retornos superiores aos fundos mais pequenos.
Este valor surgiu 0,3 pontos percentuais acima dos 0,4% estimados pela consultora. Um ponto percentual são 100 pontos base.
A explicação para este desempenho reside no facto de os fundos de pensões terem superado a maioria dos seus índices de referência. Apenas nas acções estrangeiras ficaram os resultados aquém dos correspondentes indicadores de mercado.
Em termos absolutos, as rentabilidades mais elevadas foram registadas nas acções Euro (mais 3,3%) e no imobiliário (mais 2,1%), ao que contrapôs o desempenho dos segmentos de obrigações e de acções internacionais (queda de 1,0% e 0,6%, respectivamente).
No que respeita à composição das carteiras, a consultora refere que «não se registaram modificações de nota, excepto uma redução de 1 ponto percentual na percentagem global afecta ao investimento em acções» em termos trimestrais.
Esta descida, explica a Watson Wyatt, deveu-se ao desinvestimento de cerca de 140 milhões de euros nas acções nacionais. Os maiores receptadores deste fluxo foram a Dívida Pública Euro a taxa fixa. Outros fluxos a destacar foram a troca de taxa fixa por taxa variável, no âmbito da dívida privada, e a troca de acções Euro por acções não Euro.
Nos 12 meses até 30 de Junho de 2004 a rentabilidade mediana é 5,6% e a rentabilidade média ponderada ascende a 8,1%. Neste período, as rentabilidades mais elevadas observam-se no segmento accionista global.
Neste período, os fundos de pensões portugueses superam, em termos relativos, os índices na componente de obrigações mas ficam aquém dos indicadores de mercado nos sub-segmentos accionistas.
Quanto à evolução da carteira de activos média neste período, verifica-se uma redução em obrigações e liquidez (3,8 p.p.), sendo beneficiários deste desinvestimento as acções (mais 2,4 p.p.), imobiliário e investimentos alternativos (mais 1,1 p.p. e mais 0,3 p.p., respectivamente).