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Fundos de acções nacionais recuaram 5,2% no trimestre

As rendibilidades dos fundos de acções nacionais baixaram em média 5,2% no segundo trimestre, depois de uma subida de quase 17% nos primeiros três meses do ano ...

06 de Julho de 2006 às 14:36
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As rendibilidades dos fundos de acções nacionais baixaram em média 5,2% no segundo trimestre, depois de uma subida de quase 17% nos primeiros três meses do ano, de acordo com os cálculos do Jornal de Negócios, feitos a partir dos dados divulgados pela Associação de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Este resultado, que reflecte o abrandamento dos mercados europeus, é ainda assim melhor do que a «performance» apresentada pela bolsa portuguesa, que recuou 7,4% no trimestre. O retorno dos fundos portugueses é também melhor do que a média registada pelos fundos de acções transaccionados na Europa, que caíram 5,4%, segundo dados compilados pela Bloomberg. Desde o terceiro trimestre de 2004 que os fundos de acções na Europa não conheciam um retrocesso nos retornos num período trimestral.

«Há três meses havia um excesso de confiança no mercado. Agora o medo instalou-se», afirmou um analista citado pela Bloomberg, referindo-se aos receios de continuação de subida dos juros nos EUA e Europa e de avanço dos preços do petróleo, factores que têm contribuído para a queda dos mercados accionistas. Nos fundos de acções da União Europeia, Noruega e Suíça seguidos pela APFIPPa queda ao longo do trimestre foi de 4,4%, segundo os cálculos do Jornal de Negócios. Na Europa, de entre os maiores fundos de acções apenas o High Income Fund, da Invesco, apresentou um retorno positivo, com uma subida de 0,1%, mostram os dados da Bloomberg.

Enquanto os produtos que investem sobretudo em acções sofriam com o deslize das bolsas ao longo dos últimos três meses, os fundos de obrigações e do mercado monetário apresentaram uma queda mais ligeira, perdendo 0,8% no trimestre.

Preocupação com o futuro

Depois das quedas no trimestre, a preocupação dos gestores de fundos é de que a correcção do mercado não tenha terminado e que os investidores comecem a ser mais receosos em relação aos investimentos em fundos. No Reino Unido o investimento em fundos ao longo de Maio baixou em 1,3 mil milhões de libras em relação ao mês anterior, enquanto na Alemanha se registou o maior volume de resgates dos últimos quatro anos, com um total de 1,9 mil milhões de euros a sair dos fundos. «Os clientes de fundos estão obviamente muito nervosos, isso vê-se nos movimentos de entrada e saída nos fundos», afirmou Martin Theisinger, gestor da Schroders, citado pela Bloomberg.

Os fundos de acções são os mais penalizados por estas «fugas» dos investidores, que procuram refúgio em produtos mais defensivos, como os fundos de obrigações ou os fundos imobiliários.

Santander lidera

Em Portugal no final de Junho a liderança nas rendibilidades dos fundos de acções nacionais a 12 meses pertencia ao Santander, com um retorno de 32,38%, de acordo com o relatório da APFIPP.

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