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Fundos de acções nacionais batem mercado com ganhos acima de 20%

Os máximos da Bolsa de Lisboa continuam a reflectir-se em ganhos para as carteiras dos fundos de investimento portugueses. A categoria de acções nacionais é das melhores classe deste ano, de acordo com os dados do final de Setembro da Associação Portugues

06 de Outubro de 2006 às 07:00
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Os máximos da Bolsa de Lisboa continuam a reflectir-se em ganhos para as carteiras dos fundos de investimento portugueses. A categoria de acções nacionais é das melhores classe deste ano, de acordo com os dados do final de Setembro da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP), divulgados quarta-feira. Os fundos de acções nacionais conseguem ser mais rentáveis do que o mercado português em geral.

Segundo as rendibilidades publicadas pela APFIPP, os fundos de acções portugueses registaram em mádia ganhos de 20,17% desde o início do ano até ao final de Setembro. Um desempenho que ganha relevância quando comparado com o comportamento da bolsa portuguesa. No mesmo período, o índice de referência PSI-20 valorizou 19,57%, depois de ter recuperado da forte queda de Maio, que levou o "benchmark" para Portugal a negociar nos valores mais altos dos últimos cinco anos e meio.

Entre os fundos de acções nacionais comercializados por sociedades gestoras portuguesas, há três que se destacam com rendibilidades acima da média da classe. São eles o Banif Acções Portugal, Santander Acções Portugal e Espírito Santo Acções Portugal. Estes três produtos de "selo" nacional registam rendibilidades entre os 22,74% e os 22%.

Abaixo da "performance" do mercado e também da média do PSI-20 estão o Caixagest Acções Portugal e o Postal Acções, que acumulam ganhos de 17,34% e 17,17%, respectivamente.

O desempenho em alta dos fundos de acções portuguesas centra-se nos mesmos temas que têm feito disparar a Bolsa de Lisboa para máximos, ou seja, as fusões e aquisições. A Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) em curso, que envolvem quatro títulos importantes do mercado nacional, e a especulação sobre a EDP impulsionada pelos movimentos de consolidação em Espanha, têm suportado a forte valorização do mercado português. E isso tem sido determinante nas estratégias seguidas pelos gestores de fundos nacionais.

PPA ganham 22%

O bom momento do mercado accionista nacional reflecte-se também no desempenho dos fundos poupança acções, conhecidos por PPA.

Esta categoria de fundos centrada na poupança a longo prazo e tem resultados ainda mais expressivos do que os fundos de acções. De acordo com a APFIPP, até ao final do mês passado os fundos poupança acções regista uma rendibilidade média de 22,08%. Só dois fundos desta classe é que apresentam ganhos inferiores à valorização do índice PSI-20, assim como à rendibilidade média da classe de fundos de acções portuguesas.

Com ganhos entre os 19,13% e os 19,23%, o BPI PPA e o Caixagest PPA têm os piores desempenhos. As "estrelas" desta classe são o Santander PPA e o Banif PPA, que já rendem mais de 24% desde o início do ano.

As rendibilidades alcançadas pelos fundos de acções portugueses contrastam com os resultados mais fracos dos fundos de acções internacionais das gestoras nacionais. Até ao final de Setembro, os fundos de acções UE, Suíça e Noruega ganharam cerca de metade das acções nacionais, com uma média de 10,57%. Os fundos América do Norte registaram uma rendibilidade ligeiramente negativa de 0,04%, enquanto que os fundos de acções internacionais acumularam uma rendibilidade média de 1,18%.

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