Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

FMI alerta para "excessiva tomada de risco" pelos investidores

A instituição liderada por Christina Lagarde dirige-se, assim, aos mercados. Os investidores são o público-alvo, a quem a OCDE e a Fed se tinham já dirigido.

18 de Setembro de 2014 às 14:05
  • ...

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou para a possibilidade de os participantes do mercado estarem a exercer uma "excessiva tomada de risco". A instituição liderada por Christine Lagarde torna-se, assim, a terceira a "apontar o dedo" a esta questão, depois da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e Reserva Federal dos EUA (Fed).

 

"Os indicadores implícitos de volatilidade caíram para os baixos níveis que permaneciam antes das declarações sobre o ‘tappering’ em Maio de 2013", alerta o FMI, numa nota que preparou para o encontro de ministros das Finanças e banqueiros centrais do G20 na Austrália. "Isto levanta preocupações de que esteja a formar-se uma excessiva tomada de risco [no mercado], que poderá ser fortemente invertida com o aproximar da subida das taxas de juro nos EUA, ou caso eventos geopolíticos levem a uma maior aversão ao risco", acredita a instituição.

 

Mas o FMI não está sozinho nesta avaliação. Recentemente, já a OCDE havia referido que o prolongado "bull market" vinha aumentando os riscos de uma correcção. Algo que a Fed tinha também defendido há cerca de dois meses, ao afirmar que as avaliações dos activos estavam demasiado elevadas.

 

Para a instituição liderada por Christine Lagarde, a subida do risco é comum a diversas classes de activos. "Os juros da dívida soberana têm continuado a cair e os preços das acções têm, em geral, subido. O sentimento em relação aos mercados emergentes melhorou, como reflectido nas resilientes entradas de capitais nos carteiras e estáveis ou fortes divisas", afirma ainda a instituição.

 

No que toca ao crescimento, "as excepcionalmente favoráveis condições financeiras, a moderada consolidação orçamental e o reforço dos balanços", afirma o FMI, devem levar a que a "recuperação mundial volte a ganhar força". Contudo, "os riscos de queda aumentaram", destaca. O FMI afirma que a política monetária nos EUA e a baixa inflação em economias de relevo, como a Zona Euro, continuam a representar riscos para o crescimento. Ameaças a que agora se juntam as "maiores tensões geopolíticas e a [possível] reversão acentuada do risco", conclui a instituição.

Ver comentários
Saber mais Fundo Monetário Internacional FMI Christine Lagarde Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico OCDE Reserva Federal dos EUA Fed EUA Zona Euro economia negócios e finanças macroeconomia instituições económicas internacionais
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio