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Famílias retiram dinheiro dos certificados de aforro pela primeira vez desde março de 2020

As famílias voltaram, pelo terceiro mês consecutivo, a retirar dinheiro dos certificados de aforro e do Tesouro. O movimento de descida em novembro foi o mais elevado desde setembro.

Mariline Alves / Cofina Media
21 de Dezembro de 2023 às 11:43
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O dinheiro aplicado pelas famílias em produtos de poupança do Estado voltou a cair em novembro pelo terceiro mês consecutivo. Os dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira mostram que no mês passado, os "stocks" de certificados de aforro (CA) e do Tesouro caíram para 45.274,64 milhões de euros, uma queda de 244,75 milhões face a outubro.

Numa altura em que os bancos estão a aumentar a remuneração dos depósitos e a pagar, por vezes, uma taxa de juro mais atrativa do que a atual série dos CA, os certificados de aforro recuaram em novembro, depois de terem subido ininterruptamente desde abril de 2020. O montante colocado neste produto desceu em 7,86 milhões de euros fixando-se em 34.063,64 milhões.

Esta evolução marca um ponto de viragem após a procura recorde por certificados de aforro (impulsionada pela remuneração indexada à Euribor). A corrida a este produto foi tal que o Governo suspendeu a subscrição da série E em junho, substituindo-a pela série F, com um juro máximo mais baixo do que o anterior, de 2,5%, mas com uma maturidade mais longa, de 15 anos.

Já no caso do "stock" de certificados do Tesouro houve uma nova redução para 11.211 milhões de euros, menos 236,89 milhões de euros do que no mês anterior. A tendência de quebra verifica-se desde novembro de 2021.

Até agosto a subida acentuada nos "stocks" de certificados de aforro tinha mais do que compensado a queda registada nos certificados do Tesouro, mas tal deixou de acontecer, o que levou a uma redução do montante total destes dois produtos desde setembro, sendo a diferença entre outubro e novembro a mais acentuada.
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