Notícia
Famílias põem mais de 630 milhões nos certificados de aforro em fevereiro
A entrada de poupanças das famílias nos certificados de aforro mais do que compensou a retirada dos certificados do Tesouro.
O apetite por certificados de aforro não dá sinais de arrefecimento. As famílias em Portugal voltaram a reforçar a aposta nestes produtos, tendo entrado em fevereiro mais 630,44 milhões de euros. A entrada de capital mais do que compensou a saída dos certificados do Tesouro, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.
O investimento das famílias em certificados de aforro volta assim a renovar máximos desde, pelo menos, dezembro de 1998, data que marca o início da série do Banco de Portugal, com o "stock" total a atingir os 35.755,05 milhões de euros.
O interesse dos aforradores verifica-se desde outubro com a entrada em vigor de novas regras destes produtos. Apesar de não ter sido apresentada qualquer mudança sobre os juros ou prémio de permanência pagos aos investidores (o tecto máximo do juro continua nos 2,5%), a principal alteração foi nos limites máximos que podem ser alocados aos certificados de aforro.
A série F de certificados de aforro, em comercialização desde junho do ano passado, tinha até ao outubro um limite máximo de 50 mil euros por aforrador. Este valor foi alterado e passou para o dobro: 100 mil euros. Além disso, no acumulado dos certificados da série E e da F, não poderia ficar com mais de 250 mil euros nestes produtos. Neste caso, o limite conjunto sobe para 350 mil euros.
Em sentido contrário, os certificados do Tesouro continuam a perder atratividade. Neste caso, o "stock" recuou em quase 142,4 milhões de euros em fevereiro, para um total de 9.444,95 milhões de euros. No conjunto dos dois produtos de poupança do Estado, o saldo está em 45.200 milhões de euros, após um crescimento mensal de 488 milhões de euros.