Notícia
Euronext Lisbon segue pouco alterada pressionada por Portugal Telecom
A bolsa nacional negociava pouco alterada, com o PSI-20 a recuar 0,06%. A PT, o Banco BPI e a EDP eram os títulos que mais ajudavam à desvalorização do índice, enquanto o BCP, a Brisa e a Sonae travavam uma maior descida.
A bolsa nacional negociava pouco alterada, com o PSI-20 a recuar 0,06%. A PT, o Banco BPI e a EDP eram os títulos que mais ajudavam à desvalorização do índice, enquanto o BCP, a Brisa e a Sonae travavam uma maior descida.
O índice PSI-20 [PSI20] cotava nos 7.019,83 pontos, com cinco acções em subida, sete inalteradas e oito em queda, com 23,5 milhões de euros transaccionados.
A Portugal Telecom [PTC] era o título que mais pressionava o índice ao desvalorizar 0,36% para os 8,40 euros, juntamente com a PT Multimédia [PTM] que deslizava 1,08% para os 17,46 euros.
A EDP [EDP] perdia 0,47% para os 2,12 euros, com 3,24 milhões de títulos transaccionados. No sector da banca, o Banco BPI [BPI] perdia 1% para os 2,97 euros, enquanto o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] subia 0,57% para os 1,75 euros, com 1,17 milhões de acções transaccionadas. O Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] mantinha-se inalterado nos 13,15 euros.
A eventual entrada da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no capital do polaco Bank Millennium será positivo para o BCP, que detém 50% do banco, comentam os analistas da Espírito Santo Research (ESR) e do Banco BPI.
Segundo Jardim Gonçalves, presidente do BCP, a realização de parcerias só será feita se houver "racional que o justifique". O BCP entende que o banco polaco possa dar lucros em 2005 à volta de 20 milhões de euros e espera que o Millennium atinja uma rendibilidade dos capitais próprios (ROE) perto dos 20%, nos próximos anos.
Para a ESR, esta abertura no Millennium "não deu até ao momento significativo retorno desde que foi lançado há cinco anos atrás e não esperemos que dê nos próximos anos". A venda de parte da participação "é positiva, dependendo nas valorizações implícitas" no negócio, sublinha o BPI. Esta instituição contribuiu em 3,6 milhões de euros para os lucros do BCP em 2003, abaixo do custo do investimento, adiantou a mesma fonte.
O BPI entende que o "core business" do BCP deve ser o mercado doméstico "e o mercado receberá bem qualquer sinal de refocagem no core business".
A Sonae Indústria [SONA] descia 0,83% para os 2,39 euros, enquanto a Sonae SGPS [SON] subia 1,14% para os 0,89 euros, com 1,4 milhões de títulos movimentados, depois de ontem ter atingido o máximo dos últimos 22 meses, ao cotar nos 0,9 euros. A Sonaecom [SNC] mantinha-se inalterada nos 2,9 euros.
A Brisa avançava 0,88% para os 5,73 euros e a retalhista Jerónimo Martins [JMAR] recuava 1,05% para os 9,4 euros, após divulgar que pretende continuar a reduzir o montante da dívida líquida este ano, depois de ter atingido a meta, no final do ano passado desenhada para três anos, disse Soares dos Santos, presidente da distribuidora. A dívida encontra-se abaixo do 800 milhões de euros, conforme estava previsto no plano estratégico desenhado em 2001.
Bolsas europeias seguem em queda pressionadas por exportadoras
As acções das empresas europeias com vendas nos EUA caíram, lideradas pela Royal Philips Electronics, Volkswagen e Daimler Chrysler, enquanto o dólar depreciava para a maior queda contra o euro numa semana.
A Philips, a maior fabricante europeia de produtos electrónicos, recuava 0,7% para os 24,18 euros, com 30% das suas vendas contabilizadas nos EUA. A fabricante de automóveis Volkswagen, perdia 2,8% para os 39,26 euros, com cerca de um quinto do total das suas receitas provenientes dos EUA. A Daimler Chrysler, a fabricante de automóveis que contabiliza metade das vendas nos EUA, em 2002, também perdia 2,8% enquanto cotava nos 37,12 euros.
A Infineon Technologies, a segunda maior fabricante de semicondutores aumentou 1,7% para os 12,25 euros, depois do banco de investimento Goldman Sachs ter revisto em alta a recomendação da empresa aos investidores.
A Akzo Nobel, o maior químico e farmacêutico holandês, recuava 1,5% para os 32,11 euros, após ter responsabilizado a depreciação de 14% do dólar contra o euro no ano passado pelas vendas terem caído. Os lucros caíram cerca de 3,5% por cada 10% de deslize do dólar, segundo dados do Deutsche Bank. As vendas caíram 8%.
"O dólar é um problema", afirmou Christophe Besson, gestor de fundos da Credit Mutuel Finance, em Paris. "Irá incentivar os investidores a vender títulos das exportadores", acrescentou.
Ao longo da manhã, oito dos 17 mercados europeus seguiam em queda. Em Frankfurt, o DAX perdia 0,19%, juntamente com o AEX de Amesterdão, que recuava 0,24% e com o londrino FTSE, que desvalorizava 0,15%. O IBEX e o CAC seguiam pouco alterados, às 10h30.