O euro estava pouco alterado, a perder 0,02% face ao dólar, no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) manteve inalterada a sua principal taxa de juro, apesar dos sinais de abrandamento da economia europeia.

A moeda única cotava nos 0,8546 dólares e progredia 0,41% relativamente à divisa nipónica, ao valer 106,30 ienes.

O BCE decidiu hoje, em reunião do Conselho de Governadores da instituição, manter inalterada a sua taxa directora, ou REFI, nos actuais 4,5%, indo de encontro às previsões da generalidade dos analistas.

A decisão da autoridade monetária europeia esteve relacionada com o aumento das pressões inflacionistas da Zona Euro ao longo dos últimos meses, uma situação que está a dificultar a tomada de medidas ao nível da política monetária por parte do BCE.

O índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado da Zona Euro cresceu 0,6% no mês de Maio, elevando a inflação homóloga para os 3,4%, o valor mais elevado desde a introdução do euro, em Janeiro de 1999, e alargando a distância para a meta de 2% traçada pelo BCE.

A descida do preço do dinheiro costuma estimular o investimento e o consumo, através da redução dos custos associados aos empréstimos. No entanto, este movimento pode levar também ao crescimento da inflação, devido à subida da procura.

Nos últimos meses, os indicadores económicos têm apontado para o agudizar do abrandamento económico na Zona Euro, o que já levou o BCE a rever em baixa as suas previsões para o crescimento do produto interno bruto (PIB) na Zona Euro, aumentando ainda as suas estimativas para a inflação no corrente ano.