O euro subia 0,34% face ao dólar, no dia em que foi anunciado que o crescimento da massa monetária da Zona Euro, ou M3, aumentou pelo terceiro mês consecutivo em Maio, diminuindo as possibilidades de descidas de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE).

A moeda única cotava nos 0,8471 dólares e progredia 0,31% relativamente à divisa nipónica, transaccionando nos 105,71 ienes.

O M3 aumentou a uma taxa anual de 5,4% em Maio, depois de ter registado uma taxa de crescimento de 4,8% em Abril, elevando para 4,9% a taxa média dos últimos três meses, acima do objectivo de 4,5% estipulado pelo BCE.

O M3 funciona como um indicador avançado relativamente à evolução da inflação, pelo que a subida verificada em Maio indicia que poderá ter continuidade a tendência de aumento dos preços na zona da moeda única, verificada ao longo dos últimos meses.

Em Maio, a inflação da Zona Euro, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado, cresceu para os 2,9%, afastando-se da meta de 2% delineada pela autoridade monetária europeia.

Estes dados tornam mais difícil uma possível descida das taxas por parte do BCE nos próximos tempos, para tentar estimular o crescimento da economia europeia. No dia 10 de Maio, o BCE baixou a sua taxa directora, ou REFI, em 25 pontos base para os actuais 4,5%, efectuando a primeira diminuição das taxas em dois anos.

Nos Estados Unidos (EUA), a Reserva Federal (FED) baixou esta semana a sua principal taxa de juro em 25 pontos base para os 3,75%, elevando a descida efectuada desde o início deste ano para um total de 275 pontos base.

Depois desta evolução, o preço do dinheiro nos EUA passou a estar 75 pontos base abaixo do que se verifica na Zona Euro. Este diferencial pode contribuir para que alguns produtos denominados em euros, como os depósitos a prazo ou as obrigações, se tornem mais competitivos.

A descida dos juros costuma impulsionar o crescimento económico, através da diminuição dos encargos decorrentes dos empréstimos contraídos pelos consumidores e investidores. No entanto, esta medida pode também levar ao aumento das pressões inflacionistas, devido ao incremento da procura.

Cada euro vale 200,482 escudos.