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Euro ganha com descida dos juros pelo BCE

O euro avançava 0,67% face ao dólar, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter reduzido hoje a sua taxa directora em 25 pontos base para os 4,25%, na tentativa de estimular o crescimento económico na Zona Euro.

30 de Agosto de 2001 às 17:28
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O euro avançava 0,67% face ao dólar, depois do Banco Central Europeu (BCE) ter reduzido hoje a sua taxa directora em 25 pontos base para os 4,25%, na tentativa de estimular o crescimento económico na Zona Euro.

A moeda única transaccionava nos 0,9149 dólares e negociava pouco alterada face à divisa nipónica, ao desvalorizar 0,02% para os 109,17 ienes.

A decisão do BCE foi de encontro às estimativas da maioria dos analistas, apesar da autoridade monetária europeia estar condicionada em termos de política monetária pelos receios de subida da inflação da Zona Euro ao longo dos próximos meses.

Esta foi a segunda vez que o BCE baixou o preço do dinheiro na Zona Euro desde o início do corrente ano, depois do corte de 25 pontos base efectuado a 10 de Maio, para os anteriores 4,5%.

A inflação da zona da moeda única, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado, recuou em Julho para os 2,8%, depois de situar-se nos 3% no mês anterior, mas continuou acima da meta de 2% estabelecida pelo BCE.

As expectativas de aumento dos preços na Zona Euro foram reforçadas pelos números relativos ao crescimento do agregado da massa monetária da Zona Euro, ou M3, que serve de indicador avançado em relação à evolução da inflação, e que acelerou em Julho para os 6,4%, contra 6,1% em Junho, afastando-se do objectivo de 4,5% delineado pela autoridade monetária.

No entanto, o presidente do BCE, Wim Duisenberg, afirmou hoje, após a reunião da instituição, que estes números estão «empolados» e que os riscos de aumento dos preços na Zona Euro estão «mais controlados no médio prazo», tendo reiterado que a inflação deverá situar-se dentro dos níveis pretendidos pelo BCE «até ao final do primeiro semestre de 2002».

A descida dos juros costuma contribuir para aumentar o consumo e o investimento, através da redução dos encargos associados à contracção de empréstimos por parte de empresas e particulares. No entanto, este movimento pode também levar ao incremento das pressões inflacionistas, devido á subida da procura.

Duisenberg admite redução das previsões de crescimento da Zona Euro

O responsável do BCE sublinhou que não está «completamente seguro» de que o crescimento da economia da Zona Euro se situe dentro do intervalo de 2% a 2,5% avançado anteriormente pela instituição, tendo admitido mesmo a possibilidade destas estimativas serem revistas em baixa, em caso de degradação dos indicadores económicos.

Na Alemanha, a maior economia da Zona Euro, o produto interno bruto (PIB) permaneceu inalterado no segundo trimestre do corrente ano, o que já levou o Governo germânico a admitir rever em baixa as suas previsões de crescimento para este ano, gerando receios de que o abrandamento económico também poderá ser maior que o inicialmente estimado no conjunto dos países que partilham o euro.

A agência italiana ANSA adiantou esta semana que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prepara-se para diminuir as suas previsões de crescimento para a zona da moeda única em 2001, dos 2,4% para os 2%.

Cada euro vale 200,482 escudos.

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