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Euro cai face ao dólar depois da divulgação de indicadores económicos
A moeda única caiu hoje face ao dólar, após a divulgação do M3 na Zona Euro e a divulgação da despesa dos particulares nos Estados Unidos, indiciando que a economia norte-americana ainda se encontra numa fase de crescimento.
Às 15h45, a divisa europeia valia 0,9007 dólares, com uma queda de 0,16%. O euro manteve-se, durante a sessão de hoje, entre os 0,9000 dólares e os 0,9045 dólares.
O crescimento do M3 na Zona Euro foi de 5,3% em Julho, registando um abrandamento pelo terceiro mês consecutivo, mas acima do limite de 4,5%, que o banco central europeu considera compatível com uma taxa de inflação estável. Em Junho a oferta de dinheiro cresceu 5,4%, contra uma subida de 5,9% em Maio.
Os «dados divulgados hoje do M3 na Zona Euro saíram um pouco mais fracos do que era esperado e levaram a que o entendimento do mercado fosse de que a economia europeia está mais fraca», explicou um economista contactado pelo Canal de Negócios.
A inflação na Zona Euro foi de 2,4% em Julho, acima do limite estabelecido pelo Banco Central Europeu (BCE), pelo segundo mês consecutivo, indiciando que o BCE deverá proceder a um aumento da taxa de juro na próxima reunião.
Nos Estados Unidos, «a despesa pessoal saiu um pouco mais forte do que o esperado», o que poderá indicar que a economia norte-americana não está a abrandar tanto como os mercados esperavam. Estes «dados apontam marginalmente para uma depreciação do euro», acrescentou o mesmo economista.
A despesa pessoal dos consumidores nos EUA aumentou 0,6%, em Julho face a Junho, contra um aumento de apenas 0,3% no rendimento «per capita». A taxa de poupança, em Julho foi negativa, atingindo os 0,2%.
A taxa de poupança reflecte a diferença entre a taxa de crescimento do consumo individual e a taxa de crescimento do rendimento «per capita».
No Japão, o Iene ganhou valor em relação à principais divisas, com a expectativa de que a economia nipónica se encontra numa fase de recuperação, após o «crash» no mercado imobiliário de que foi alvo na década de 90, que obrigou o banco central do Japão a reduzir as taxas de juro para zero. Este mês o banco aumentou as taxas de juro, pela primeira vez em dez anos, para 0,25%.
Segundo o mesmo economista, «o banco central do Japão tem um conhecimento mais profundo do que os investidores sobre a economia e antecipam uma melhoria da economia com uma subida das taxas de juro».