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Empresa dinamarquesa emite dívida a mil anos

Apesar do ano de vencimento ser apenas 3017, a procura dos investidores superou quase cinco vezes a oferta.

Portugal tem de produzir 31% de energia através de fontes renováveis em 2020. Os resultados alcançados em 2015 revelam uma quota de 27,8%, acima do esperado para as metas intercalares.
Edgar Martins/CM
24 de Novembro de 2017 às 15:07
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A Orsted, empresa dinamarquesa de energia, emitiu com sucesso dívida que vence no ano 3017. Apesar desta pouco usual longevidade a procura dos investidores (de cerca de 2,4 mil milhões de euros) superou quase cinco vezes a oferta (que ascendeu a 500 milhões de euros). Inicialmente o cupão anual desta dívida é de 2,25%.


O valor arrecadado vai ser utilizado em projectos de energia verde numa altura em que a empresa está a concluir a transição do negócio tradicional de petróleo e gás.


De acordo com a Orsted, novo nome da empresa que era conhecida como Dong Energy, a emissão foi realizada pelo Deutsche Bank, Barclays, BNP Paribas e Nordea. E começa esta sexta-feira, 24 de Novembro, a ser negociada no Luxemburgo.


Os analistas defendem que muitos dos investidores não estão a pensar no ano em que vence estes dívida 3017, mas sim no ano de 2024 (24 de Novembro), altura em que a empresa pagará pela primeira vez por estes títulos. Os investidores acreditam que a subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), quando chegar, vai ser muito gradual e neste cenário uma taxa de 2,25% a cinco anos é muito atractiva. A empresa colocou também no mercado 750 milhões de euros a 12 anos, com vencimento em 2029 com uma taxa fixa de cupão de 1,5%.


A Orsted vendeu o seu negócio de petróleo e gás no início deste ano por mais de mil milhões de dólares e investiu este valor em novas tecnologias tais como o armazenamento em baterias. A empresa é o principal utilitário na Dinamarca e é uma das que mais parques eólicos off-shore desenvolve no mundo.


A empresa deve o seu nome a Hans Christian Ørsted, o dinamarquês que descobriu o electromagnetismo e a mudança de nome serviu para assinalar a mudança estratégica da empresa para os combustíveis fósseis.

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